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Todas as aplicações perdem para inflação em fevereiro

Caderneta de poupança rende 0,41% e lidera ranking de aplicações; ouro desaba 6,5% e Bolsa cai 3,91%

MARIA PAULA AUTRAN TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

Nenhuma aplicação deve conseguir ganhar da inflação em fevereiro, mês com só 18 dias de negócio e com previsão de IPCA de 0,43%. Na melhor hipótese, alguns investimentos podem empatar, como é o caso da poupança.

Líquida de impostos, a caderneta teve o melhor desempenho entre os investimentos, com alta de 0,41%.

Os fundos DI, que estavam na lanterninha desde agosto de 2011, voltaram a ter desempenho consistente com a perspectiva de aumento dos juros. O rendimento dos fundos DI foi, até o dia 25 (último dado), de 0,41% bruto -de 0,32% a 0,35%, após o desconto de Imposto de Renda.

Em 30 dias, ficou em 0,52% bruto -0,40% a 0,44% líquido de impostos.

A surpresa maior ficou com os fundos de renda fixa, que aplicam em dívida prefixada. Em fevereiro, esses fundos renderam só 0,27% (0,21% a 0,23% líquido) até o dia 25. Em 30 dias, o ganho foi 0,31% (0,24% a 0,26% líquido).

No Tesouro Direto, alguns papéis chegaram a perder mais de 5% nos últimos 30 dias. As maiores perdas foram dos atrelados ao IPCA, que pagam também juros prefixados. Em 2012, esses papéis subiram 20% em média.

Entre os fundos de "índices", que aplicam em títulos corrigidos por IPCA e IGP-M, o retorno foi de -0,76%.

"O mercado viu que o BC terá de elevar os juros mais cedo do que se estimava", disse o administrador de investimentos Fabio Colombo.

O pior investimento foi o ouro, que recuou 6,54% em fevereiro. O segundo pior foi a Bolsa, que sofreu com a queda das ações da Petrobras, que têm grande participação no Ibovespa, principal índice, e com os problemas do setor elétrico. O Ibovespa amargou perda de 3,91%, o pior retorno em nove meses. O dólar caiu 0,65% no mês.

Para março, a maioria dos analistas acredita que os fundos de renda fixa não devem voltar a render como em 2012. Esses fundos não são recomendados pelos analistas, até que o possível ciclo de alta da taxa de juros termine.

"Na renda fixa, minha preferência é LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) em bancos de primeira linha. Na prática, essas aplicações ganham dos fundos DI", diz Mauro Halfeld, da UFPR.

Para a Bolsa, a queda no valor das ações abre espaço para recuperação. "Mas não é certeza", disse Colombo.


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