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Bolsa cai e dólar sobe após divulgação de PIB fraco em 2012

Analistas revisam para baixo a expansão de 2013; diminui aposta na alta do juro básico no curto prazo

Além de ações, renda fixa também é afetada por economia em ritmo mais lento que o previsto no mercado

ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com investidores pessimistas após a divulgação do menor crescimento econômico anual do país desde 2009, a Bolsa brasileira caiu e o dólar terminou o dia em baixa.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa doméstica, teve queda de 0,94%, aos 56.883, e o dólar à vista, usado como referência nas negociações no mercado financeiro, subiu 0,33%, para R$ 1,979.

Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim Corretora, destacou que a expansão de apenas 0,9% do PIB (Produto Interno Bruto) de 2012 sugere a leitura de que a recuperação se sustenta, mas em ritmo mais lento do que todos imaginavam.

"Os números mostram que o Banco Central não vai agir tão cedo em relação à política monetária, ficando mais claro que isso poderá acontecer no final do segundo ou do terceiro trimestre", disse.

No mercado de juros futuros, as apostas de alta da Selic para debelar uma possível aceleração da inflação perderam força. Contratos para janeiro de 2014, que atingiram 7,82% nos últimos dias, ontem estavam em 7,62%.

REVOLUÇÃO

André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, destacou que, no ano passado, o país passou por uma "revolução" que derrubou a Selic (juro básico).

"Isso forçou um novo equilíbrio macroeconômico no Brasil", disse. Para 2013, Perfeito projeta expansão de 2%.

Já Thais Zara, economista-chefe da Rosenberg & Associados, ressalta que as variações trimestrais do PIB foram crescendo ao longo de 2012.

"Além disso, também foi destaque o consumo das famílias acelerando a uma taxa anualizada de mais de 4%, que é razoavelmente alta", afirmou. "Ainda mantemos um ritmo moderado de expansão, compatível com a expectativa de crescimento do PIB de 2,5% em 2013."

PEQUENO INVESTIDOR

Ao pequeno investidor, especialistas consultados pela Folha recomendam que a leitura do PIB seja feita em relação às projeções de mercado.

Como o resultado de 2012, além de fraco, veio abaixo de muitas previsões, o impacto disso no mercado tende a ser mais intenso -principalmente na Bolsa, no desempenho de ações ligadas ao consumo doméstico, que diminui com a economia mais lenta.

Mas outros investimentos também são afetados.

Homero Guizzo, economista da LCA Consultores, destaca que o desempenho dos fundos de renda fixa sofre impacto. "Se o indicador vem abaixo do esperado, o efeito é pressionar para baixo as taxas prefixadas dos títulos públicos, que remuneram esses investimentos", ressalta.

Com a Reuters.


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