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CVM multa ex-gestores da Brasil Telecom
Valor é de R$ 1,75 mi; ainda cabe recurso
Após quase oito anos, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) condenou ex-executivos e membros do conselho de administração da Brasil Telecom (BrT) por terem atuado em favor do grupo Opportunity, um dos controladores e responsável por sua gestão até 2005.
Entre os condenados, estão a ex-presidente da tele Carla Cico, o ex-diretor financeiro Paulo Pedrão Rio Branco e o ex-presidente do conselho de administração Luís Octávio da Motta Veiga.
Ao todo, a autarquia aplicou multas no valor de R$ 1,75 milhão, com a condenação de oito ex-gestores da empresa. Cabe recurso.
Ex-conselheiro e ex-presidente da companhia, Humberto José Rocha Braz recebeu a maior autuação: R$ 500 mil. Os demais foram multados em R$ 250 mil cada um.
Rio Branco também foi condenado em outro processo, acusado de permitir empréstimos da BrT para outra empresa do Opportunity. O dinheiro foi usado na compra das teles regionais Telemig e Teleamazônia Celular, integradas mais tarde à BrT.
Os advogados dos condenados, presentes ao julgamento, não quiseram falar sobre a decisão. Apenas Francisco Mussnich, advogado de Humberto Rocha Braz e de Eduardo Cintra Santos, disse que irá recorrer da sentença.
HISTÓRICO
Adquirida pela Oi em 2008, a Brasil Telecom foi formada a partir de uma fatia da antiga Telebrás, na privatização do setor, em 1998.
Pouco após o leilão as brigas entre os sócios tiveram início. De um lado, estava o Opportunity, que comandava a companhia. De outro, a Telecom Italia e os fundos de pensão Previ e Petros.
Para a CVM, os gestores da BrT agiram para manter o controle da companhia em favor do Opportunity, dando início a uma "guerra" judicial patrocinada pela empresa -a disputa teve fim em 2005.