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Fundos imobiliários ganham da Bovespa

Investimento teve valorização de 35% em 2012; apesar de alta expressiva, especialistas recomendam cautela

Modalidade permite que pequeno investidor entre no mercado imobiliário sem comprar um imóvel

MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Em um cenário de queda da taxa de juros e menor rendimento das aplicações, os fundos imobiliários se destacaram em 2012. O IFIX, índice composto por cotas dos fundos mais negociados, se valorizou em 35% em 2012.

O resultado foi bem superior ao de outros investimentos. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa, teve alta de 7,4% no mesmo período, enquanto o CDI, referência para as aplicações em renda fixa, subiu 8,4%.

No ano anterior, quando o Ibovespa teve queda de 18,1% e o CDI subiu 11,6%, o índice dos fundos também teve um desempenho melhor (16,5%).

Nesse tipo de aplicação, os participantes se unem para colocar recursos em negócios imobiliários, como shoppings e escritórios. Cada integrante compra cotas e passa a ter uma parte do fundo.

O retorno mensal vem da distribuição do resultado, como o aluguel ou a venda dos empreendimentos. Além disso, há possibilidade de valorização da cota.

Os especialistas afirmam, porém, que o desempenho dos últimos anos não é garantia de bons resultados no futuro. "A rentabilidade alta não é uma regra", afirma Guilherme Nyssens, sócio da consultoria Quantum.

O número de investidores dos fundos imobiliários negociados em Bolsa aumentou 160% nos últimos 12 meses até fevereiro, já o volume de negócios quase quadruplicou no ano passado ante 2011.

Entre os apelos da modalidade, está a possibilidade de o pequeno investidor entrar no mercado imobiliário sem comprar um imóvel.

"Os fundos permitem investir no setor por meio de um gestor especializado, que tem conhecimento do assunto", diz Reinaldo Lacerda, presidente do Comitê de Produtos Imobiliários da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Outro atrativo é a isenção de Imposto de Renda nos rendimentos mensais. O benefício vale para pessoa física com menos de 10% da cota total e que aplique em fundo negociado em Bolsa com mais de 50 participantes.

RISCOS

Entre os riscos do investimento, o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Gyorgy Varga destaca a dificuldade que o investidor pode ter ao se desfazer da sua cota em momentos de crise. "A venda deve ser feita com negociação no mercado."

Também é preciso considerar a possibilidade de inadimplência de compradores ou locatários e queda de preço dos imóveis.

O diretor-executivo de finanças pessoais da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Louis Frankenberg, diz que alguns fundos estão sendo lançados com investimento num único empreendimento.

"Os fundos têm como princípio a pulverização do risco. Por isso, é importante ver antes de comprar onde está sendo investido o recurso", diz.

No site da BM&FBovespa (www.bmfbovespa.com.br), há uma lista dos fundos com detalhes como prospecto e rentabilidade histórica.


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