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Vale suspende projeto na Argentina

Em processo de reavaliação de ativos, empresa interrompe projeto de exploração de potássio de US$ 5,9 bilhões

País vizinho vinha endurecendo as exigências em relação ao negócio, o que irritou o governo brasileiro

DE SÃO PAULO DO RIO

A Vale confirmou ontem a suspensão do projeto Rio Colorado, na Argentina, de exploração de potássio. Em nota, a companhia informou ter comunicado o governo argentino da suspensão.

A empresa afirmou que, no contexto macroeconômico atual, "os fundamentos econômicos do projeto não estão alinhados com o compromisso da Vale".

Pouco provável na visão de analistas, uma retomada do projeto não foi descartada pela mineradora. Nesse caso, disse a empresa na nota, "será dada a preferência aos atuais empregados do projeto".

Apesar da suspensão, a empresa disse que "continuará honrando os compromissos relativos às suas concessões e seguirá buscando soluções que melhorem os fundamentos econômicos do projeto, para então avaliar a sua retomada".

Em processo de reestruturação e reavaliação de projetos, a empresa tenta enxugar seu portfólio de ativos e cortar custos. Apesar do desejo do governo brasileiro de que o Rio Colorado fosse mantido, os executivos da mineradora já o consideram praticamente inviável.

O imbróglio vinha provocando mal-estar entre o governo brasileiro e o argentino. O país vizinho endureceu as exigências em relação ao negócio e causou irritação no Palácio do Planalto.

RIO COLORADO

Orçado inicialmente em US$ 4 bilhões, o empreendimento custaria cerca de US$ 11 bilhões, segundo cálculos de executivos da empresa, se fossem adotadas as exigências fiscais e trabalhistas do governo argentino. Oficialmente, no entanto, a Vale afirma que o projeto é estimado em US$ 5,9 bilhões.

A mineradora teria capacidade para produzir 4,3 milhões de toneladas de potássio por ano no local, volume equivalente à atual demanda anual brasileira.

O Brasil é importador de fertilizantes, e o potássio é um de seus principais componentes. A produção de fertilizantes é um dos principais gargalos à agricultura do país no longo prazo.

O projeto argentino era o maior da Vale na área de fertilizantes, mas a suspensão foi decidida diante de entraves para obtenção de licenças e indefinições no campo regulatório do país vizinho.


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