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Empresa TelexFree é investigada por suspeita de pirâmide

Esquema, que é ilegal, lucra com cobrança de taxas de adesão de futuros colaboradores

ANNA CAROLINA RODRIGUES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça investiga a empresa TelexFree, que se apresenta como fornecedora de serviço de voz pela internet (semelhante ao Skype), por suspeitas de formação de esquema de pirâmide -que é ilegal.

Para Danilo Doneta, coordenador do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do ministério, há elementos da empresa análogos aos do esquema de pirâmide.

Entre eles, a cobrança de taxas de adesão do futuro colaborador (que podem chegar a R$ 3.000), a promessa de enriquecimento fácil e rápido e a formação de células de participantes com o pagamento de comissão para quem trouxer mais membros.

Ainda não há, porém, parecer definitivo sobre o caso.

A TelexFree promete em seu site remuneração de mais de R$ 800 por mês. O trabalho, feito de casa, consiste na publicação de anúncios da empresa na internet.

"Por que alguém pagaria por um serviço de voz que existe de graça? A empresa precisa oferecer um produto que gere dinheiro", diz o economista da FGV (Fundação Getulio Vargas) Samy Dana.

CARROS DE LUXO

Em um vídeo postado em janeiro na internet, a TelexFree divulga a "história de sucesso" de um suposto ex-vendedor ambulante, que, com o negócio, comprou uma Ferrari -avaliada em R$ 1,95 milhão. O vídeo já foi visto mais de 189 mil vezes.

O caso está sendo investigado pelo Ministério Público de Mato Grosso. Segundo a promotora Fernanda Pawelec, o ambulante não possui carteira de motorista e o veículo só foi transferido para o nome dele no dia 14 de março. Antes disso, estava alienado ao Banco do Brasil no nome de um homem de Passo Fundo (RS).

O dono original do veículo se encontra em liberdade provisória por estelionato, crime pelo qual o ambulante também está sendo investigado.

Procurados, a TelexFree e o seu advogado, Horst Fuchs, não responderam até o fechamento desta edição.


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