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BC revê dado de 2012 e prevê alta da atividade em janeiro

Indicador IBC-Br estima que economia cresceu 1,29% no primeiro mês de 2013

Segundo economistas, ainda é cedo para falar em retomada; números de fevereiro indicam possível desaceleração

CAROLINA OMS DE BRASÍLIA

Depois de um 2012 de atividade fraca e um crescimento do PIB inferior a 1%, a economia iniciou o ano com sinais positivos, avançando 1,29% em janeiro na comparação com dezembro, segundo indicador divulgado ontem pelo Banco Central.

A alta do IBC-Br, considerando uma prévia do PIB, veio acima do esperado por economistas, mas foi influenciada pelo fato de o BC ter revisado os números da série, o que, em vez de revelar o crescimento estimado em dezembro, resultou em contração e, portanto, diminuiu a base de comparação.

O BC refez as contas e o crescimento do índice no ano passado caiu do 1,64% inicialmente divulgado para 0,65% -abaixo até do 0,9% do PIB oficial, divulgado pelo IBGE. Já o crescimento de dezembro foi revisado de uma alta de 0,26% para queda de 0,45%.

O Banco Central informou que fez uma "revisão de praxe" no IBC-Br, com a intenção de incorporar revisões nos indicadores coletados por outras instituições. A revisão também substitui dados que foram estimados por valores efetivos. O índice havia sido revisado pela última vez em dezembro de 2011.

No mês passado, a produção industrial cresceu 2,5% em relação a dezembro, depois de ter apresentado, em 2012, o pior desempenho seu pior em três anos.

Apesar do resultado positivo da atividade, ainda é cedo para apostar em uma recuperação mais forte da atividade econômica no país, avalia o economista da Tendências Consultoria, Rafael Bacciotti.

Para ele, indicadores antecedentes já divulgados mostram queda na produção industrial em fevereiro. "A alta não é sustentável, há alguma recuperação, mas ainda gradual e volátil."

Segundo o economista, essa volatilidade mensal se deve aos incentivos dados pelo governo via redução de impostos, que geram ciclos de antecipação de consumo, seguidos de ressaca. "Existe crescimento, mas moderado", resume.

No caminho da trajetória de retomada, há ainda riscos inflacionários e a possibilidade de uma elevação na taxa de juros para contê-la.

Na avaliação da economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Marzola Zara, uma aceleração da atividade também deve fazer com quem o Banco Central (BC) aumente a taxa básica de juros (Selic) na sua próxima reunião, em abril.

Na semana passada, o Copom manteve o juro básico da economia brasileira, a taxa Selic, em 7,25% ao ano, e disse que avaliaria os dados econômicos até a próxima reunião, em abril.


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