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Dilma põe BNDES de prontidão para garantir investimentos da Petrobras

Objetivo é que estatal cumpra plano de negócios e ainda dispute leilões de blocos de petróleo

Presidente quer que empresa contribua para retomada da economia e tirar da oposição munição para ataques

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA PEDRO SOARES DO RIO

Alvo novamente da guerra política entre PT e PSDB, a Petrobras recebeu a garantia do governo de que não faltará recurso para que cumpra seu programa de investimento e ainda dispute os leilões de blocos de petróleo neste ano.

Segundo a Folha apurou, a equipe da presidente Dilma Rousseff já decidiu que, se necessário, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) poderá fazer novos empréstimos para a estatal reforçar seu caixa.

A ordem dentro do governo é priorizar uma recuperação da empresa por dois motivos: garantir que ela faça seus investimentos, contribuindo para a retomada do crescimento da economia, e não dar munição à oposição.

A estratégia não deve levar, porém, a novos reajustes dos combustíveis além dos já concedidos neste ano. O Planalto considera que não há necessidade de mais aumentos nos próximos meses.

A orientação da equipe presidencial é para que a estatal acelere seus planos de recuperação da produção de petróleo, que caiu em 2012.

Isso permitirá aumentar a exportação de petróleo bruto para compensar a importação de gasolina e diesel, um dos fatores de desequilíbrio de caixa da estatal.

Um assessor presidencial, que confirmou à Folha que a estatal poderá receber novos empréstimos do BNDES, disse que o maior problema da empresa não é o preço dos combustíveis, mas "deficiências na sua gestão" que levaram a uma queda de 2% na produção em 2012.

Segundo ele, essa deficiência está sendo combatida pela atual presidente, Graça Foster, e deve começar a ser revertida neste ano, o que vai ajudar a equilibrar o caixa da empresa em 2013.

ESTRATÉGIA

A busca de financiamentos faz parte da estratégia da estatal para administrar seus investimentos e compromissos de caixa. Nos últimos anos, o governo acionou os bancos públicos para emprestar à estatal em momentos de falta de crédito no exterior.

Para permitir que o BNDES atendesse a Petrobras, o governo flexibilizou, em 2008, o teto para empréstimo do banco, passando a considerar cada empresa do sistema Petrobras de modo isolado.

Dessa forma, o limite de 25% do patrimônio de referência do banco (de R$ 89,6 bilhões em 2012) foi estabelecido separadamente para Petrobras, BR, Transpetro e outras subsidiárias.

Naquele ano, a estatal foi obrigada a recorrer também a um empréstimo da Caixa, da ordem de R$ 2 bilhões, para contornar problemas momentâneos gerados pela falta de crédito externo.

Em 2012, outra medida para facilitar empréstimos à estatal foi adotada no BNDES: o teto foi derrubado para os setores de petróleo, energia (Eletrobras) e mineração (Vale). E o limite de 25% do patrimônio de referência caiu. A carteira de crédito do BNDES à Petrobras soma R$ 21,9 bilhões de 2002 até agora.

PLANO DE NEGÓCIOS

Anteontem, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou seu novo Plano de Negócios para o período 2013- 2017, com investimentos de US$ 236,7 bilhões no período, alta de só 0,08%.

Uma das principais ações do novo plano é seguir na recuperação da produção da bacia de Campos, que caiu nos últimos anos e gerou dificuldades de caixa na estatal.

A empresa diz que o plano não enfrentará dificuldades de financiamento, sendo que US$ 164,7 bilhões virão da geração de caixa operacional.


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