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Análise

É possível lucrar com pirâmides, mas à custa de grande prejuízo dos outros

SAMY DANA ESPECIAL PARA A FOLHA

A fórmula é sempre a mesma; o que muda é a embalagem. Refiro-me aos esquemas de pirâmide, normalmente mascarados sob a alcunha de marketing multinível ou de relacionamento.

Vamos deixar algo claro: marketing multinível e de relacionamento são modalidades válidas, legais e éticas.

Marketing multinível é uma estratégia de vendas na qual a empresa vende seu produto (seja qual for) por meio de vendedores que não são funcionários da empresa.

No caso do embuste da pirâmide, os vendedores, denominados "associados", pagam uma taxa de inscrição. Mais importante, os associados ganham bônus toda vez que trazem novos associados.

A principal diferença entre uma empresa de marketing multinível e um esquema de pirâmide é o fato de esta ser montada com o intuito de oferecer um produto que não é competitivo no mercado -o que é facilmente conseguido aplicando-se preços muito acima do razoável.

O objetivo, portanto, do esquema de pirâmide, é a receita proveniente da taxa de inscrição, que ultrapassa em muito a das vendas. Se os associados quiserem recuperar o que gastaram ao aderir ao programa, são forçados a trazer novos vendedores.

O modelo torna exponencial e muito acelerado o crescimento da empresa. Quando não há mais para onde expandir, ela é forçada a fechar: só sobrevive enquanto entrarem novos sócios.

Quando a empresa ruir, todos os associados que entraram por último perderão o dinheiro pago na inscrição.

É possível lucrar em esquemas de pirâmide? Sim, bastante dinheiro, razão pela qual eles têm se tornado cada vez mais comuns. Mas, para que você lucre, muitos terão um baita prejuízo -um só ganha se o outro perder.

Muitas pessoas sabem disso e mesmo assim entram em esquemas desse tipo.


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