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Análise

Reconciliação no Líbano depende de desfecho no conflito sírio

ROULA KHALAF DO ‘FINANCIAL TIMES’

Quando o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, renunciou na sexta-feira, toda a classe política do Líbano ficou satisfeita, incluindo os que lhe levaram ao poder, xiitas liderados pelo Hizbollah.

Mas a queda de Mikati foi outro alarmante sinal da espiral de crise no país e o mais poderoso tremor a atingir o Líbano vindo da Síria.

A decisão de renunciar foi causada pelo aparente desejo do Hizbollah de ampliar o controle do aparato de segurança do país num momento de crescente ansiedade sobre o destino de Bashar Assad, o ditador sírio aliado do grupo.

Desde o início do levante na Síria, o Líbano tem seguido a política oficial de "dissociação" de Damasco.

Na prática, no entanto, tanto o Hizbollah quanto a oposição sunita estão ativamente envolvidos, apoiando lados opostos no conflito.

Mas a renúncia não é o único problema do país. Ela chega quando há crescentes problemas de segurança e reveses econômicos agravados pelo fluxo de 375 mil refugiados sírios num país de 4 milhões de pessoas.

Em Beirute, políticos dizem que o temor de uma guerra sectária pode levar os partidos a verem a renúncia de Mikati como uma oportunidade para reconciliação nacional.

O Líbano precisa de reconciliação, mas isso provavelmente vai ter que esperar a definição na Síria.

Quando isso ocorrerá ninguém em Beirute pode prever.


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