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Israelenses revidam disparos vindos da fronteira com a Síria

Exército destrói posto militar e fere dois soldados do regime de Bashar Assad, que luta para ficar no poder

Mais cedo, um veículo de Israel havia sido atingido por disparos na região fronteiriça das colinas de Gola

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

O Exército israelense revidou, ontem, disparos vindos da fronteira com a Síria, em um dos incidentes mais graves entre os dois países nos últimos dois anos.

De acordo com as autoridades militares de Israel, o Exército disparou um míssil guiado contra a Síria, destruindo um posto militar e ferindo dois soldados.

Mais cedo, um veículo israelense havia sido atingido por disparos na região fronteiriça de Golã.

Não estava claro, ontem, se os tiros que atingiram o veículo israelense haviam sido disparados propositalmente pelo Exército da Síria.

De qualquer maneira, Israel afirma que o regime do ditador Bashar Assad, que enfrenta insurgência armada em seu país -com saldo de mais de 70 mil mortos- é responsável pelo incidente.

Israel capturou os territórios das colinas de Golã em 1967, anexando essa região em seguida. Desde o início do levante sírio, em março de 2011, tem havido incidentes com trocas de disparos.

Há temor de que o regime sírio tente atrair Israel para um conflito armado, desviando a atenção do combate civil que busca derrubar o ditador Bashar Assad.

No início deste ano, fontes americanas afirmaram que Israel havia atingido um comboio transportando armas da Síria para o grupo extremista xiita Hizbollah, no Líbano. Autoridades israelenses, no entanto, não confirmam essa ação.

IRAQUE

Há receios nos EUA, também, sobre a transferência de armamentos vindos do Irã rumo à Síria, via espaço aéreo iraquiano. Foi o que afirmou ontem John Kerry, secretário de Estado americano, durante uma visita surpresa ao Iraque.

Ele afirmou a repórteres, após seu encontro não anunciado com o premiê iraquiano Nuri al Maliki, que os Estados Unidos acreditam que carregamentos iranianos estão ajudando o regime de Assad e, assim, prejudicando os grupos de oposição apoiados pelo Ocidente na luta em território sírio.

Kerry afirmou que o povo americano está observando o auxílio iraquiano e que está refletindo sobre o Iraque como um país aliado de Washington.

Os EUA esperam que, na ausência do banimento de voos no espaço aéreo iraquiano, ao menos as autoridades forcem os aviões a pousar e os inspecionem para checar se transportam mesmo ajuda humanitária -a alegação original.

OPOSIÇÃO

As alas moderadas da oposição na Síria sofreram, ontem, uma baixa com o anúncio de que Moaz al Khatib renunciou ao cargo de líder da CNS (Coalizão Nacional Síria).

Ele afirmou, em registro em sua conta do Facebook, que "uma linha vermelha" havia sido cruzada.

A informação foi confirmada mais tarde por seu porta-voz.

Khatib vinha sofrendo derrotas políticas. Em primeiro lugar, sua oferta de uma saída negociada para o ditador Bashar Assad foi criticada pela oposição.

Além disso, apesar de suas críticas, foi formado um governo provisório no país, com a eleição de Ghassan Hitto para o posto de primeiro-ministro, o que acabou desgastando Khatib ainda mais entre as forças que lideram o combate ao regime sírio.


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