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Por pressão do governo argentino, mercados lançam cartão de crédito

Objetivo é cobrar comissões menores que as de Visa e Mastercard

SYLVIA COLOMBO DE BUENOS AIRES

Em acordo com o governo, as grandes cadeias de supermercado da Argentina decidiram manter o congelamento de preços lançado há dois meses até 31 de maio e criar cartão de crédito específico para compras em suas lojas.

Chamado de "Moreno card" pela imprensa, em razão da pressão para promovê-lo feita pelo secretario de Comércio Interior, Guillermo Moreno, o cartão terá um custo de financiamento de 1% (inferior aos 3% dos cartões tradicionais), o que favorecerá os donos das cadeias e compensaria o valor que estão perdendo por não poder aumentar os preços.

O congelamento teve início em fevereiro, como uma medida para conter a inflação -de 10% para o governo, mas de 25% segundo o cálculo de consultorias privadas.

Na época, a Casa Rosada havia recebido uma advertência por parte do FMI por estar maquiando os dados da inflação e não estar tomando medidas consideradas adequadas para contê-la.

O anúncio foi feito ontem pelo diretor-executivo da Associação de Supermercados Unidos, Juan Carlos Vasco Martínez, depois de reunião com Moreno. "Vamos constituir uma sociedade entre os supermercados, que serão os donos do novo cartão", completou. Martínez reforçou que o cartão, oficialmente chamado de "SuperCard", "não será estatal".

Segundo o jornal "La Nación", os supermercados estariam avaliando a possibilidade de não aceitar cartões de outras bandeiras em suas lojas. Até a conclusão desta edição, não havia reação de bancos ou representantes de Visa e Mastercard.

A subsecretária de Defesa ao Consumidor, María Lucía "Pimpi" Colombo, disse que também há uma negociação para estender o "SuperCard" a cadeias de eletrodomésticos, mercados chineses e armazéns de bairro.

Além do congelamento, seguirá vigente o acordo entre as cadeias de não publicar anúncios de ofertas nos principais jornais argentinos.

Moreno é uma espécie de "xerife" da presidente Cristina Kirchner. É o responsável por controle de preços, travas às importações e definição do valor do dólar, oficial e paralelo -ele define quanto dinheiro entra no mercado para segurar essa cotação.


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