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Coreia do Norte diz que fechará fábrica operada com Seul

Complexo industrial de Kaesong é último canal de cooperação que ainda funciona desde início da crise

Norte fica irritado com relatos da imprensa de que local só está aberto por ser importante fonte de renda do país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Coreia do Norte ameaçou ontem fechar uma importante zona econômica operada em conjunto com o Sul que permanecia funcionando como o último canal de cooperação entre os dois países.

Um porta-voz do escritório do Norte no complexo industrial de Kaesong disse que Pyongyang fecharia o local se Seul continuasse a "arruinar sua dignidade".

O regime do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, ficou irritado com relatos da imprensa que diziam que a fábrica ficou aberta porque é uma das únicas fontes de renda do Norte.

"Se a marionete continuar manchando a imagem da República Democrática Popular da Coreia ao falar da zona, cujas operações mal estão sendo mantidas, vamos fechá-la sem misericórdia", disse à agência de notícias estatal norte-coreana o porta-voz.

Kaesong -que é operada com mão de obra do Norte e expertise do Sul- estava operando normalmente mesmo após Pyongyang ter cortado os canais de comunicação com Seul.

A Coreia do Norte já fez outras ameaças semelhantes referentes ao complexo, mas nunca as cumpriu. No ano passado, as fábricas em Kaesong -muitas delas de propriedade sul-coreana- produziram US$ 470 milhões em mercadorias.

A ameaça de fechar a zona econômica foi feita horas depois de o regime de Kim anunciar que está em "estado de guerra" com a Coreia do Sul e informar que negociará todos os temas entre os países com base nessa condição.

As duas Coreias estão tecnicamente em guerra desde 1950, já que não houve um tratado de paz encerrando a Guerra da Coreia, apenas um armistício, em 1953.

Pyongyang tem elevado o tom de sua retórica belicista desde janeiro, quando a ONU ampliou as sanções que afetam o país. Neste mês, a Coreia do Norte já havia declarado inválido o armistício com o Sul.

Ontem, o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Min-seoke, disse que os militares estão de prontidão para proteger as vidas e a segurança do povo sul-coreano.

"A série de ameaças da Coreia do Norte (...) é inaceitável e prejudica a paz e a estabilidade da península Coreana", disse o ministro.

MODERAÇÃO

Ontem, os governos da Rússia e dos EUA manifestaram preocupação com a escalada de tensão na região.

Enquanto Moscou pediu moderação entre os dois lados, Washington disse que leva as ameaças de Pyongyang a sério e que está em contato direto com seus aliados em Seul.

No entanto, a Casa Branca ressaltou que o governo norte-coreano tem um longo histórico de fazer ameaças.


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