Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Produção cultural britânica fez ataques pesados em várias obras

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

Em 2011, Meryl Streep ganhou seu terceiro Oscar no papel de Margaret Thatcher em "A Dama de Ferro", um filme que insere a premiê em uma aura quase simpática. Mas será preciso muito mais para atenuar as manifestações agressivas da produção cultural britânica contra ela.

Poucos meses depois de sua posse, em 1979, o grupo de rock The Clash quis lançar o EP "The Cost of Living" trazendo na capa foto de Thatcher com uma suástica aplicada por cima da imagem, mas a ideia foi abandonada.

No ano seguinte, a banda de metal Iron Maiden lançou o single "Sanctuary" com um desenho do "mascote" do grupo, a caveira Eddie, matando Thatcher com uma faca. Quatro meses depois, o grupo cederia a revanche em outro single, "Women in Uniform", com a imagem de Thatcher, vestida de soldado, pronta para matar Eddie.

Nas letras, o rock foi mais agressivo. Elvis Costello gravou "Tramp the Dirt Down", falando de uma Thatcher morta e enterrada. Morrissey foi totalmente explícito na canção "Margaret on the Guillotine" (Margaret na guilhotina). Até o boa-praça Paul McCartney tirou uma casquinha, em "All My Trials".

Na literatura, a premiê não aparece apenas em análises políticas. É personagem antipática em livros de ficção, entre eles "Ícone", de Frederick Forsythe, e "Coração Tão Branco", de Javier Marias.

Na saga "Harry Potter", a autora J.K. Rowling, crítica feroz da premiê, declarou ter se inspirado nela para criar duas personagens, tia Merge e Dolores Umbridge.

No teatro, o musical "Billy Elliot" traz "Merry Christmas Maggie Thatcher", de Elton John, mas nada é mais direto do que a peça "A Morte de Margaret Thatcher", na qual um caixão está no palco por toda a encenação.

Games foram criados na internet para atacá-la. Vários estão reunidos no site www.milksnatcher.com. Neles é possível queimar, matar ou enterrar a premiê.

Os gibis foram cruéis com Thatcher. Alan Moore escreveu "V de Vingança" para atacar políticas adotadas por ela. No futurista "Judge Dredd", um personagem visita um museu de horror e pergunta se Drácula está exposto. A resposta: "Sim, temos Drácula e todos os outros, Frankenstein, Lobisomem, Margaret Thatcher...".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página