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Candidato do Brasil avança na eleição para a OMC
Roberto Azevêdo é tido como um dos favoritos
O embaixador Roberto Azevêdo, candidato brasileiro à direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), avançou para a segunda etapa do processo seletivo para sucessão do francês Pascal Lamy, segundo fontes que acompanham a disputa.
O comunicado oficial com os cinco pré-finalistas será divulgado pela instituição hoje, mas, além do candidato brasileiro, foi noticiado que avançaram também os representantes da Indonésia, daNova Zelândia, da Coreia do Sul e do México.
Os candidatos de Quênia, Gana, Jordânia e Costa Rica desistiram da disputa. Sem candidatos africanos no páreo, a disputa pelos votos dessa região deve se acirrar.
Nessa primeira etapa, os nove candidatos passaram por um processo de consultas entre os integrantes da organização. Uma troica formada pelos embaixadores de Paquistão, Suécia e Canadá ouviu, em sigilo, todas as missões da OMC. Cada país vota em quatro nomes.
Na próxima etapa da escolha, três candidatos serão eliminados. Quando restarem apenas dois postulantes ao cargo, a decisão será tomada por consenso entre os 159 países-membros.
O mandato de Pascal Lamy vai até 31 de agosto, e o novo diretor-geral será empossado no dia 1º de setembro. A eleição deve durar até o fim do mês de maio.
Azevêdo é embaixador de carreira no Ministério das Relações Exteriores e representa o Brasil na OMC desde 2008. É considerado um dos favoritos na disputa, ao lado da representante da Indonésia, Mari Pangestu.
A seu favor conta o bom trânsito em Genebra, mas pesam contra sua candidatura os fatos de nunca ter sido ministro e de ter liderado disputas entre países em desenvolvimento e desenvolvidos.
