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Despedida de Thatcher é marcada por disputa

Cortejo da 'dama de ferro' percorreu trajeto até a catedral de São Paulo

Houve aplausos de fãs e vaias de manifestantes que protestaram contra gastos de R$ 30 milhões para realizar o funeral

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

O clima de disputa política que marcou os anos de Margaret Thatcher no poder voltou ontem às ruas de Londres na despedida da premiê.

O cortejo parou o centro da capital britânica em plena quarta-feira, sob aplausos de fãs e vaias de manifestantes que protestaram contra os gastos com o funeral, estimados em R$ 30 milhões.

O caixão com o corpo da "dama de ferro" percorreu o trajeto entre o palácio de Westminster, sede do Parlamento britânico, e a catedral de São Paulo. Na metade do caminho, foi retirado do carro e transferido para uma carruagem puxada por cavalos.

Os defensores de Thatcher estavam em ampla maioria, mas os adversários se esforçaram para fazer barulho e chamar a atenção da mídia.

Houve troca de provocações entre veteranos da Guerra das Malvinas e anarquistas, mas o policiamento reforçado com mais de 4.000 homens coibiu confrontos.

Os admiradores mais engajados carregavam bandeiras do Reino Unido.

Ex-funcionária de Downing Street, Monica Prentice, 70, exibia com orgulho um retrato autografado pela conservadora. "Ela foi a primeira mulher a governar este país. Eu me sinto privilegiada por estar aqui", disse.

O artista Raymond Dell, também de 70 anos, segurava uma placa com dizeres contra o capitalismo e o McDonald's. "É uma guerra. Ela sempre esteve contra os pobres", afirmou à reportagem.

No culto fechado para convidados, o bispo Richard Chartres elogiou Thatcher e afirmou que o funeral não era "a hora nem o local" para discutir seu legado político. Um dos destaques da cerimônia foi o discurso da neta de Thatcher, Amanda, de 19 anos.

À noite, o corpo seria cremado em cerimônia privada.


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