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Aprovação da união gay na França causa protestos pelo país

Nova lei foi ratificada ontem no Parlamento; manifestantes são presos em Paris e Lyon

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A ratificação pelo Parlamento da França do projeto que permite casamento gay e adoção de crianças por casais homossexuais provocou protestos violentos ontem à noite, que resultaram na prisão de dezenas de manifestantes.

Na capital, Paris, perto do complexo de museus e monumentos dos Invalides, manifestantes atiraram latas, garrafas de vidro e pedaços de metal sobre os policiais, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo; ao menos 12 pessoas foram detidas.

Segundo nota do Ministério do Interior, houve distúrbios também em Lyon (região centro-leste da França), onde 44 pessoas foram presas.

A votação parlamentar de ontem foi mera formalidade para dar redação final ao projeto, que já havia sido aprovado na Assembleia Nacional (Câmara Baixa) e no Senado.

Com isso, os homossexuais terão os mesmos direitos dos casais heterossexuais, como divisão de bens, benefícios governamentais e adoção de crianças, incluindo os filhos que um dos cônjuges tiver.

A aprovação era uma das promessas de campanha do presidente François Hollande, eleito em maio de 2012.

A maioria dos votos favoráveis veio do governista Partido Socialista, além de aliados de siglas menores e da extrema esquerda. Os contrários vieram principalmente da União pelo Movimento Popular, do ex-presidente Nicolas Sarkozy, e da Frente Nacional, de extrema direita.

A votação ocorreu sob tensão, com discussões entre deputados. O presidente da Assembleia, Claude Bartolone, interrompeu a sessão e esvaziou as galerias após um grupo de extrema direita gritar contra a aprovação da lei.

Bartolone, socialista, disse que os "inimigos da democracia" não tinham nada a fazer no plenário. A expulsão irritou os deputados da direita.

Ao final da votação, os aliados de Hollande festejaram com aplausos e gritos. Emocionada, a ministra da Justiça, Christiane Taubira, considerou a medida um avanço histórico. "Não tiramos nada de ninguém e demos um direito que as pessoas não tinham. É um texto generoso."

Ela ainda fez menção aos quatro adolescentes franceses que foram vítimas de violência sexual na semana passada. "Vocês não precisam ter medo nunca mais."

A aprovação faz da França o 14º país no mundo e o nono na Europa a autorizar o casamento gay. Nos EUA, oito Estados e o Distrito de Columbia reconhecem essa união.


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