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Escolhido tem 'laços de família' com Berlusconi

Considerado um garoto- prodígio na política italiana, Enrico Letta começou sua trajetória no campo oposto ao da maioria dos colegas do PD, partido de centro-esquerda fundado por ex-comunistas.

Ele deu os primeiros passos na antiga Democracia Cristã, que forneceu quadros para os futuros governos de Silvio Berlusconi. Também mantém laços familiares com a direita: seu tio Gianni é o braço direito do ex-premiê.

Foi ao lado da centro-esquerda, no entanto, que Letta se tornou o ministro mais jovem da história do país. Foi nomeado para comandar a pasta de Políticas Comunitárias aos 32 anos, em 1998.

Depois disso, ocupou o Ministério de Indústria e Comércio e foi deputado na Itália e no Parlamento Europeu, em Bruxelas. Em 2009, chegou à vice-liderança do partido.

Letta é visto como um entusiasta da integração continental e do euro, embora seu provável governo não deva seguir a linha ortodoxa pregada pela União Europeia para o enfrentamento da crise.

"As políticas europeias estão muito focadas na austeridade, o que não é mais suficiente", ele afirmou ontem, após se reunir com o presidente Giorgio Napolitano.

Seu temperamento conciliador deve contribuir para um entendimento com o partido de Berlusconi, que é adversário histórico do ex-líder do PD Pier Luigi Bersani.

Letta tem formação em ciência política e direito internacional e atuava como o principal formulador econômico do PD. No poder, deve retomar políticas de indução ao crescimento, flexibilizando a agenda de cortes imposta pelo premiê Mario Monti.

Ontem, ele buscou passar uma mensagem de humildade ao dizer que a responsabilidade de liderar o país num momento de crise profunda é mais pesada do que seus ombros podem aguentar.

No intrincado sistema político italiano, ele vai se reportar a Napolitano, 87, que apesar da idade avançada acaba de ser eleito para um novo mandato de sete anos.

O presidente disse ter plena confiança no escolhido: "Apesar de ser jovem, ele acumulou experiências importantes no Parlamento e em cargos no governo". (BMF)


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