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Presidente da Sérvia pede perdão à Bósnia por massacre de 1995

Mandatário nega, porém, que morte de 8.000 muçulmanos em Srebrenica seja genocídio

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente da Sérvia, Tomislav Nikolic, pediu perdão, em nome de seu país, pelos "crimes" cometidos durante as guerras que resultaram na divisão da antiga Iugoslávia (1991-1999), incluindo o massacre de Srebrenica, em 1995.

A declaração foi dada durante uma entrevista à TV pública da Bósnia, cuja guerra com os sérvios durou de 1992 a 1995. "Me ajoelho e peço que a Sérvia seja perdoada pelo crime cometido em Srebrenica", afirmou Nikolic.

"Peço perdão pelos crimes que, em nome de nosso Estado, alguém de nosso povo tenha cometido", acrescentou.

O sérvio, porém, se recusou a afirmar que o massacre era genocídio, como afirma a ONU (Organização das Nações Unidas): "Tudo o que acontecia nas guerras da antiga Iugoslávia tinha características de genocídio".

Trechos da entrevista do presidente sérvio concedida à TV BHT foram divulgados ontem. O restante, no entanto, só deverá ser exibido no próximo dia 7 de maio.

Nikolic já tinha negado anteriormente que o massacre de Srebrenica tenha sido um genocídio, apesar de reconhecer que o ato foi um crime impossível de justificar.

Em julho de 1995, poucos meses antes do final da guerra, cerca de 8.000 homens muçulmanos foram assassinados quando forças servo-bósnias, lideradas pelo general Ratko Mladic, tomaram Srebrenica, na região leste da Bósnia. Em 1993, a cidade havia sido proclamada "zona protegida" pela ONU.

Tanto o Tribunal Penal Internacional das Nações Unidas quanto a Corte de Justiça Internacional --ambos sediados em Haia, na Holanda-- já reconheceram o massacre como genocídio.

Mladic, hoje ex-general, ficou foragido por 16 anos, foi capturado pela polícia sérvia em 2011 e está sendo julgado em Haia pelo massacre.

A eleição de Nikolic para a Presidência da Sérvia, no ano passado, havia despertado receios devido a seu passado ultranacionalista, embora ele tenha moderado a postura em 2008 e se alinhado em favor do ingresso de seu país na UE (União Europeia).


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