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BC do Japão eleva previsão de crescimento e inflação anual

Por enquanto, dados mostram deflação na 3ª economia do mundo

MARCELO NINIO DE PEQUIM

O Banco do Japão (banco central) elevou a previsão de crescimento do país nos próximos anos e estimou que a meta de subir a inflação anual para 2% será atingida em 2015, como resultado do ambicioso plano de estímulo lançado neste mês.

A projeção otimista foi acompanhada da divulgação de números que mostraram a persistência da deflação na terceira economia do mundo.

De acordo com o escritório de estatísticas, o índice de preços ao consumidor, que exclui alimentos, caiu 0,5% em março na comparação com o mesmo mês de 2012.

A queda ressalta a difícil missão do BC, encarregado pelo premiê japonês, Shinzo Abe, de reverter 15 anos de deflação e empurrar o crescimento da economia com o maciço aumento do dinheiro em circulação previsto no plano de estímulo.

A deflação inibe a expansão da economia, pois faz com que as pessoas poupem em vez de consumir na expectativa de novas quedas de preços, enfraquecendo o ciclo econômico.

Apesar do contínuo declínio dos preços registrado em março, em seu relatório semianual divulgado ontem, o BC japonês elevou significativamente suas projeções, estimando que a inflação média chegará a 1,4% no próximo ano fiscal (que começa neste mês) e a 1,9% no ano seguinte.

Embora ainda não atinjam a meta de 2% de inflação estabelecida pelo premiê Abe, os números são bem superiores à expectativa do BC japonês divulgada em janeiro, de um índice de 0,9% para o ano fiscal de 2014.

"Vários indicadores mostram sinais de que as expectativas de inflação estão se fortalecendo", disse o presidente do BC, Haruhiko Kuroda. "O sentimento nos negócios e dos consumidores está melhorando."

A previsão do BC japonês é de que a economia irá acelerar do atual crescimento anual, de 1%, para 1,6% até março de 2016.

No início de abril, a instituição surpreendeu os mercados com seu plano de injeções maciças de dinheiro na economia, sobretudo por meio da compra de títulos de longo prazo do governo.

Ontem o BC confirmou que manterá a política, comprando papéis num ritmo anual de R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão, afirmando que há uma tendência positiva.

"A economia do Japão parou de se enfraquecer e há sinais de recuperação", afirmou o BC no relatório, citando aumento no consumo doméstico estimulado pela injeção de capital.


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