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Milhares protestam por tragédia que matou 304 em Bangladesh

Trabalhadores da indústria têxtil quebraram veículos e queimaram ao menos duas fábricas

Mais 50 sobreviventes são retirados de prédio que desabou na quarta e fornecia peças a lojas da Espanha, Itália e EUA

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS DO "NEW YORK TIMES"

Milhares de trabalhadores de Bangladesh protestaram nas ruas da capital Dacca quebrando veículos e queimando duas fábricas em protesto ao desabamento de um edifício que matou ao menos 304 funcionários da indústria têxtil nesta semana.

Houve confronto entre manifestantes e a polícia, que tentou dispersar a multidão com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Os manifestantes pediam a prisão e a condenação à morte dos donos das confecções e fábricas que funcionavam no prédio que desmoronou na quarta-feira em Savar, nos arredores de Dacca.

Enquanto seguiam as manifestações, equipes de socorro retiraram 50 sobreviventes da tragédia do edifício.

A construção de oito andares que desabou era ilegal e abrigava uma fábrica têxtil com cerca de 3.000 funcionários. Não havia saídas de emergência em quantidade suficiente para o local.

Desde o início das buscas, paramédicos, policiais e bombeiros encontraram 72 pessoas vivas entre os restos da fábrica, dentre elas 41 encontradas na última madrugada em um cômodo que se manteve preservado após o desabamento. Outras 2.350 pessoas foram resgatadas.

As empresas do local produziam roupas femininas para a marca espanhola Mango e a britânica Primark, entre outras (leia texto nesta pág.)

Segundo dados da Federação Nacional de Trabalhadores do Setor Têxtil de Bangladesh, nos últimos 15 anos 600 pessoas morreram em acidentes ocorridos em fábricas têxteis no país.

A tragédia em Savar ocorre apenas meses depois de um incêndio ter matado 112 pessoas em outra fábrica na região metropolitana de Dacca, provocando protestos de funcionários.

Bangladesh tem cerca de 4.500 fábricas de roupas e é o país que mais exporta peças de vestuário no mundo depois da China.

Cerca de 80% dos US$ 24 bilhões (R$ 49,9 bilhões) das exportações bengalesas vêm desse setor industrial. Só no ano passado, mais de 300 fábricas fecharam por uma semana porque os operários pediam melhores condições de trabalho.


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