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Marcas globais se recusam a pagar inspeção

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Das fábricas de roupas em São Paulo que exploram imigrantes à mais recente tragédia em Bangladesh a pergunta é a mesma: qual o preço justo por uma camiseta e qual a responsabilidade das grandes marcas da moda em episódios como esses?

No país asiático está em curso uma queda de braço emblemática na questão. Nomes globais do setor e os sindicatos de funcionários têxteis se enfrentam em torno da recusa dos primeiros em pagar por um sistema nacional de inspeções nas fábricas de Bangladesh, com os mais baixos salários do mundo na área (US$ 38 em média).

A proposta foi discutida em 2011 e voltou a ganhar força após o incêndio que matou 112 pessoas em novembro em fábrica que vendia para as gigantes Walmart e C&A.

No edifício da tragédia desta semana funcionavam fábricas que forneciam peças para a espanhola Mango, a italiana Benetton, e para a britânica Primark, além da Walmart.

Representantes de algumas dessas marcas globais, que atuam num negócio que movimenta US$ 1 trilhão por ano, se negaram a aceitar o plano de inspeção proposto por ser caro demais e por temor de serem vinculados legalmente a uma eventual tragédia posterior. Entre as empresas que participaram da discussão estavam a Walmart, a também americana Gap e a gigante sueca H&M.

Todas preferiram patrocinar a expansão de sistema de auditorias privadas.

Para os trabalhadores, o modelo trará pouca melhora porque, na maioria dos casos, os contratos entre as empresas de Bangladesh e as as marcas ocorrem por meio de redes opacas de subcontratações com fornecedores ou compradores locais. O cenário se complica porque os empresários do poderoso setor têxtil têm boas relações com o governo ou são políticos.


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