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Candidato do Brasil à OMC vai focar em Ásia e Europa
País tem apoio africano, região com mais votos
Finalista na disputa pelo posto de diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o brasileiro Roberto Azevêdo canalizará agora sua campanha para a Ásia e a Europa, além de assegurar o importante apoio da África.
Ele disputará o posto com o mexicano Herminio Blanco, que tem o respaldo dos EUA.
A África é o continente com mais votos --são 42-- dentro da OMC, seguido da Europa, com 39, e Ásia, com 26 dos 159.
Nas duas primeiras etapas, os 27 países da União Europeia votaram em bloco --e é provável que façam o mesmo na reta final. A escolha é secreta, mas o Brasil acredita ter chances de levar o voto da UE.
Na Ásia, Azevêdo vai lutar contra o apoio que o México deve ter, como membro, dos 21 países da Apec (Cooperação Ásia-Pacífico). O Brasil, contudo, aposta no voto de Rússia e China, parceiros de Brics.
Ontem, o secretário-geral do Itamaraty, Eduardo dos Santos, já teve reuniões em Brasília com diplomatas de 27 países africanos e de 20 europeus --além da UE.
"Recebemos o apoio de países de todas as regiões geográficas e de diferentes níveis de desenvolvimento", disse Azevêdo, que está à frente da missão do Brasil na OMC desde 2008, em comunicado. O resultado sai até 31 de maio.