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Homem forte do governo gera tumulto em evento do Clarín

Secretário Guillermo Moreno teria destratado acionistas em reunião

SYLVIA COLOMBO DE BUENOS AIRES

O grupo Clarín soltou ontem uma nota de repúdio ao modo como alguns funcionários do governo tumultuaram uma reunião de acionistas do conglomerado, na última quinta-feira.

"Veja só, tudo isso será nosso", disse o secretário de Comércio Exterior, Guillermo Moreno, ao vice-ministro da Economia, Axel Kicillof, enquanto os dois abriam espaço entre os funcionários do grupo.

Ambos apresentaram-se como representantes do governo, que possui 9% das ações do grupo pelo fato de o fundo de pensão da empresa ser estatal.

O governo e o Clarín estão em guerra. A presidente Cristina Kirchner tentou implantar uma Lei de Mídia que obrigaria a empresa a se desfazer de vários de seus ativos.

Moreno e Kiciloff posicionaram câmeras, taquígrafos e jornalistas de meios de imprensa governistas na sala e constrangeram funcionários.

O Clarín chamou a movimentação de "invasão" e disse que a entrada de toda a comitiva era ilegal. "Os funcionários do governo atacaram verbalmente os acionistas e diretores da empresa, lançando injúrias e calúnias", diz o comunicado.

Moreno repetiu, várias vezes, que a empresa "não vinha dando lucro". O que deu margem à interpretação de que, derrotados no caso da Lei de Mídia, considerada inconstitucional pela Justiça, os kirchneristas agora tentem constranger o grupo por meio de leis que favorecem os acionistas minoritários.

"Isso foi inesperado, mas previsível. Agora pode vir uma ação mais direta", disse o diretor de relações externas do grupo, Jorge Rendo.

O vídeo que mostra Moreno gritando e dando ordens dentro do Clarín virou hit na internet. O secretário, que tem status de ministro, é conhecido por seus atos teatrais e histriônicos.


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