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Deputado da oposição não terá salário, diz chavista
CNE se pronunciaria ontem sobre auditoria
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, ameaçou ontem cortar os salários dos deputados da oposição que não reconheçam Nicolás Maduro como presidente.
"Como vou pagar um fantasma? Se não trabalham, não recebem e não trabalham porque não reconhecem Maduro", disse ele, segundo o jornal "Últimas Notícias".
Na semana passada, Cabello vetou a palavra a deputados da oposição (41% da Casa) e os destituiu da direção de comissões parlamentares.
A oposição diz que não reconhecerá Maduro até que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) faça auditoria anunciada na semana passada de 46% dos votos da eleição presidencial de 14 de abril.
O CNE deveria se pronunciar ainda ontem. A expectativa, no entanto, é que a declaração frustre a oposição e o candidato derrotado à Presidência, Henrique Capriles.
Os opositores exigem auditoria ampla que inclua cotejar as cifras do voto eletrônico com votos de papel em "caixas de resguardo" e o registro biométrico de eleitores de cada mesa. Se a auditoria não atender os pedidos, vão tentar impugnar o pleito --mas as chances de êxito são pequenas, dado o alinhamento da Justiça com o chavismo.