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Realeza do Qatar domina imóveis de luxo em Londres

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

O arranha-céu mais alto, a loja de departamentos mais famosa, os prédios com os apartamentos mais caros. Em Londres, tudo isso agora pertence a um único dono: a monarquia árabe do Qatar.

Ex-protetorado do Reino Unido, o país do golfo Pérsico tem investido, desde 2010, uma parte expressiva das suas receitas com gás e petróleo em símbolos de poder e riqueza na capital britânica.

O último capítulo da ofensiva foi a compra do hotel Inter-Continental, na Park Lane. O negócio foi fechado no fim do mês passado por cerca de 400 milhões de libras, mais de R$ 1,2 bilhão.

O cinco estrelas será a nova joia de uma coroa que inclui a Harrods, onde londrinos e turistas fazem compras de luxo, e o One Hyde Park, condomínio que já vendeu uma cobertura pelo valor recorde de R$ 420 milhões.

A carteira imobiliária ainda inclui os prédios da Vila Olímpica, erguidos para abrigar atletas nos Jogos de 2012, e o The Shard, o edifício mais alto da Europa ocidental, cuja construção alterou a paisagem do centro de Londres.

Todos os investimentos são feitos pela QIA (Qatar Investment Authority), braço de investimentos do fundo soberano alimentado pela exportação de gás e petróleo.

A entidade faz mistério sobre números. Procurados, seus representantes em Londres negaram um pedido de entrevista para a reportagem.

Em seu site institucional, a QIA afirma que seu objetivo é diversificar as fontes de receita da economia do país.

Fora do Reino Unido, o Qatar tem feito outros investimentos. É em Londres, no entanto, que o país deixa sinais mais visíveis da sua riqueza. Em tempos de crise, a "invasão" é celebrada pelo governo britânico e pela realeza.

O emir Al Thani já foi recebido pelo premiê David Cameron e dormiu no Palácio de Windsor, a convite da rainha.

Na semana passada, o prefeito de Londres, Boris Johnson, viajou para Doha atrás de novos investimentos. Na volta, escreveu um artigo no "Daily Telegraph" narrando conversas sobre o sex appeal dos camelos e a chegada de novos petrodólares.


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