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Corrida por OMC teve cartas de presidente e visita a 158 membros

Itamaraty diz que ainda não sabe quanto foi gasto para promover Roberto Azevêdo

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

A campanha brasileira para levar o embaixador Roberto Azevêdo ao comando da OMC (Organização Mundial do Comércio) envolveu visitas às capitais de todos os 158 demais membros da entidade, participação ativa das mais de 200 embaixadas do país no exterior e apoio de 20 emissários do governo.

Os dados, divulgados ontem, foram compilados pelo Itamaraty, que capitaneou os esforços de divulgação da candidatura de Azevêdo, eleito no início da semana novo diretor-geral do órgão.

Apesar do mapeamento, o ministério ainda não sabe quanto foi gasto na campanha, que contou com amplo apoio da máquina estatal.

"Estamos finalizando as contas. A mobilização desse volume de pessoas em praticamente todos os cantos do planeta implica gastos e é difícil contabilizar de imediato", afirmou o embaixador Ruy Pereira, que coordenou a campanha.

Segundo ele, não houve orçamento prévio por não se tratar de "projeto específico".

"A campanha foi executada como tarefa da chancelaria. Esse conjunto de materiais e pessoas foi direcionado para isso", afirmou.

Nas visitas no exterior, houve a presença do próprio Azevêdo, de autoridades do Itamaraty e do Ministério do Desenvolvimento.

Para coordenar as ações, foi montada uma equipe de apoio em Brasília com 24 pessoas, entre diplomatas e funcionários do ministério. O grupo manteve reuniões com representantes de outros 20 órgãos do governo.

Pereira reafirmou a decisão da presidente Dilma Rousseff de apoiar pessoalmente a campanha.

Ela não só despachou correspondências como esteve com Azevêdo na Cúpula ASA (América do Sul-África), na Guiné Equatorial e no encontro dos Brics em Durban, na África do Sul.

No total, foram enviadas 571 correspondências a representantes de autoridades estrangeiras para pedir apoio ao brasileiro.

Nesse número estão incluídas cartas assinadas por Dilma e pelos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Antonio Andrade (Agricultura) e Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário).

COOPERAÇÃO

Pereira negou que o governo tenha prometido firmar parcerias com países da África, América Central e Caribe em troca de votos, apesar da presença de diretores da ABC (Agência Brasileira de Cooperação) nas visitas feitas por Azevêdo nestas regiões.

"Não foi exatamente no sentido de inventar projetos de cooperação. O propósito foi permitir um contato direto para identificar as opiniões desses governos sobre as cooperações técnicas já em andamento", afirmou.


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