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EUA admitem que drones mataram quatro americanos

Procurador-geral relatou que clérigo Anwar al-Awlaki era único alvo específico de aviões

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O procurador-geral dos EUA, Eric Holder, reconheceu ontem que ataques dos EUA com aviões não tripulados (drones) mataram quatro cidadãos americanos fora do país desde 2009.

Em carta ao presidente do Comitê Judiciário do Senado, Patrick Leahy, Holder disse que os EUA mataram um cidadão do país no Iêmen de forma deliberada --o clérigo Anwar al-Awlaki, nascido no Estado do Novo México e ligado à rede terrorista Al Qaeda. As outras três vítimas, segundo a carta, não eram alvos específicos.

A responsabilidade dos EUA já havia sido levantada pela mídia, mas o governo jamais havia admitido participação direta até então.

A carta de Holder surge às vésperas de o presidente Barack Obama fazer um discurso sobre política e terrorismo, previsto para hoje.

O documento fornece a identidade dos três outros mortos em ataques de aeronaves não tripuladas: o filho de Awlaki, de 16 anos, Abdulrahman; o americano de origem paquistanesa Samir Khan; e Jude Kenan Mohammed, que havia sido indiciado por acusações de terrorismo nos Estados Unidos em 2009 e morreu no Paquistão.

Os outros três ataques ocorreram no Iêmen.

A polêmica questão de americanos atingidos em operações contra o terrorismo envolvendo drones veio à tona durante as audiências de confirmação para o diretor da CIA (agência de inteligência americana), John Brennan, no início deste ano.

Na época, Brennan, então conselheiro-chefe de contraterrorismo e um dos responsáveis pela implantação dos drones, sofreu oposição de republicanos, procuradores e organizações de direitos humanos, por defender ataques a alvos sem que estes tivessem direito a julgamento.

Holder havia defendido antes o uso de drones contra civis, caso estes apresentassem "risco iminente de [provocar] um ataque violento", segundo o "New York Times".


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