Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Rússia diz que continuará a armar a Síria

Principal aliado de Assad, país promete entregar mísseis antiaéreos para dissuadir defensores de intervenção militar

Medida é uma resposta à decisão da União Europeia pelo fim do embargo à venda de armas para os rebeldes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Principal aliado do regime do ditador Bashar al-Assad, a Rússia afirmou ontem que vai continuar enviando armas à Síria --que vive, desde março de 2011, uma guerra civil que já deixou mais de 80 mil mortos-- como meio de dissuadir os favoráveis a uma intervenção militar no país.

A declaração foi feita após a UE (União Europeia) anunciar o fim do embargo à venda de armas para os rebeldes sírios. Também é vista como resposta ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para quem o fornecimento de mísseis pela Rússia é fator desestabilizador na crise síria.

O vice-chanceler russo, Serguei Ryabkov, disse que a entrega dos mísseis modelo S-300 aos sírios (veja quadro ao lado) "desempenhará um papel estabilizador e poderá conter os mais exaltados".

O S-300 pode interceptar aviões tripulados e outros mísseis. O armamento é considerado crucial para que Assad continue na chefia do governo, que ocupa desde 2000.

Em resposta, o ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, indicou a possibilidade de ação militar. Segundo ele, os mísseis ainda não saíram da Rússia: "Espero que não saiam, mas, se chegarem à Síria, saberemos o que fazer".

Moscou também acusou a UE de "colocar mais lenha na fogueira" e minar as chances de realização de uma conferência de paz em Genebra (Suíça) --inicialmente prevista para o mês que vem-- ao deixar que o embargo de armas para os rebeldes expire.

O Reino Unido rebateu, dizendo que a entrega de armas a insurgentes ainda não foi decidida e que o objetivo da ação da UE é pressionar Assad.

"Nosso foco é a reunião em Genebra", disse o chanceler britânico, William Hague. "O que nós queremos é enviar um sinal alto e claro ao regime do que pode acontecer se ele se recusar a negociar."

Em nota, a Chancelaria síria afirmou que o fim da embargo da UE estimula o "terrorismo" e contradiz a busca de uma solução diplomática pela conferência na Suíça.

POSIÇÃO DOS EUA

O Departamento de Estado americano disse ontem que apoia a decisão europeia sobre o embargo das armas. "Ela envia a Assad a mensagem de que a força da oposição só vai crescer", afirmou o porta-voz Patrick Ventrell.

Ventrell criticou a decisão russa de vender mais armas a Assad, mas disse que os EUA vão continuar trabalhando com a Rússia na procura de solução para o conflito.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página