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Mísseis na Síria são risco para Israel, dizem EUA

Com apoio de Berlim, Washington não quer envio de armamento russo a Assad

Remessa, porém, só chegaria a Damasco a partir de setembro; caças de guerra também estariam em negociação

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Os governos dos Estados Unidos e da Alemanha pressionaram ontem a Rússia para que não venda um avançado sistema antiaéreo de defesa à Síria.

John Kerry, secretário de Estado americano, afirmou que a venda de mísseis S-300 teria "impacto profundamente negativo", colocando Israel sob risco.

O chanceler alemão, Guido Westerwelle, pediu que Moscou não dificulte as negociações para encerrar o conflito sírio. Ambos se encontraram em Washington.

A venda de mísseis S-300 à Síria tem preocupado a comunidade internacional. Anteontem, o ditador Bashar al-Assad falou à televisão libanesa Al-Manar, controlada pelo grupo libanês Hizbullah.

Era esperado que Assad confirmasse o recebimento de um lote dos mísseis. Sem dar detalhes, disse que todos os acordos de venda de armas firmados com a Rússia serão cumpridos.

Além dos S-300, a agência russa Interfax afirmou, citando uma fonte militar, que uma delegação síria negociava em Moscou a compra de ao menos dez caças russos do modelo MiG-29. Ainda segundo a Interfax, o carregamento de S-300 só chegará a Damasco após setembro --com a possibilidade de acelerar a entrega, em caso de ataques aéreos contra a Síria.

Outros meios russos falaram que os mísseis só chegariam no início de 2014. A agência AFP diz que o contrato, com valor estimado em US$ 1 bilhão (R$ 2 bi), foi firmado em 2010.

A ansiedade em relação ao S-300 se dá porque os mísseis, caso em posse do regime sírio, dificultariam intervenções externas na Síria. Israel, no começo de maio, atacou posições próximas a Damasco, segundo oficiais de governos do Ocidente.

O governo israelense sinalizou que, se os mísseis S-300 chegarem realmente à Síria, o país tomará providências para que não sejam colocados em operação.

Será um passo arriscado em relação ao conflito sírio, que já deixou mais de 80 mil mortos e 1,6 milhão de refugiados, segundo divulgou ontem a ONU.

LÍBANO

Em meio ao conflito sírio, o Parlamento libanês ampliou, em votação ontem, seu mandato em mais 17 meses.

É a primeira vez que tal medida é tomada no país desde o fim da guerra civil (1975-1990). A aprovação foi por 97 votos favoráveis, de um total de 128 cadeiras. Assim, fica adiada a eleição prevista para 16 de junho.


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