Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ilustrada em cima da hora

Angola conquista o principal prêmio da Bienal de Veneza

Pavilhão do país no evento exibe fotos de objetos e dá cópias aos visitantes; inglês Tino Sehgal ganha Leão de Ouro de melhor artista

FABIO CYPRIANO ENVIADO ESPECIAL A VENEZA

Pela primeira vez, foi em português o agradecimento à entrega do Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional na Bienal de Arte de Veneza, concedido ontem. O "muito obrigado" foi pronunciado pela ministra da cultura de Angola, Rosa Cruz e Silva, comissária do pavilhão, com o projeto "Luanda, Cidade Enciclopédica".

Exposta no Palazzo Cini, construção do século 16, a mostra angolana reúne 23 fotografias de objetos de Luanda, como cadeiras velhas, cujas cópias podem ser levadas pelos visitantes. As imagens, com curadoria do grupo Beyong Entropy, contrastam com o luxuoso palácio, hoje um museu de objetos de arte e mobiliário históricos.

Já o Leão de Ouro para melhor artista ficou com Tino Sehgal, inglês de ascendência indiana e radicado em Berlim. Nascido em 1976, ele se torna um dos jovens artistas a receber o prêmio.

"Escolhemos Sehgal pelo conjunto de sua obra, não apenas por seu trabalho aqui", disse à Folha a mexicana Sofia Hernández Chong Cuy, uma das cinco participantes do júri e curadora da Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, programada para setembro.

Em Veneza, Sehgal é o criador de uma performance que é interpretada de forma permanente em uma das salas da exposição, na qual estão desenhos do criador da Antroposofia, Rudolf Steiner (1861""1925). Nessa ação, três pessoas cantam e dançam de forma delicada e poética.

Sehgal faz parte de uma nova geração de artistas da performance. Ele não costuma participar de suas ações. Suas obras têm criado grande impacto em exposições e museus, como na Documenta de Kassel e na Tate Modern, ambas no ano passado.

Ele representou a Alemanha, em Veneza, em 2005, com uma obra bastante irônica. O pavilhão estava vazio e os vigilantes do local, de repente, costumavam a cantar "Isso é tão contemporâneo, contemporâneo". Ele é um dos finalistas de outro importante prêmio, o Turner, organizado pela Tate.

A Bienal ainda entregou o Leão de Prata, concedido a jovem artista, para a francesa Camille Henrot, na verdade apenas dois anos mais nova que Sehgal. Ela participa da exposição com um vídeo. A 55ª edição da Bienal de Veneza foi aberta, ontem, e segue até 24 de novembro.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página