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Estudo diz que crise elevou desigualdade nos países mais ricos

OIT adverte para riscos de distúrbio social na Europa; desempregados no mundo ultrapassam 200 milhões

América Latina teve melhora no emprego, mas a desigualdade e o trabalho informal ainda superam a média global

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Relatório divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho aponta que a crise financeira fez aumentar a desigualdade social nos países desenvolvidos e o número de desempregados em todo o mundo ultrapassou os 200 milhões, podendo chegar a 208 milhões em 2015.

No estudo anual sobre o mundo do trabalho, a OIT também avalia que o potencial de distúrbios sociais é maior nos 27 países que compõem a União Europeia do que no resto do mundo, devido à crise que se faz sentir fortemente na região desde 2008.

Segundo a organização, houve também crescimento no número de pobres, entre 2010 e 2011, em 14 das 26 economias desenvolvidas analisadas, incluindo EUA, França, Espanha e Dinamarca.

Nos mesmos países, foram registrados forte aumento do desemprego de longa duração e deterioração das condições de trabalho.

No conjunto de países do G20 (o grupo das principais economias mundiais), o lucro das empresas aumentou 3,4% entre 2007 e 2012, mas os salários médios subiram apenas 2,2%, e os investimentos recuaram 3,6%.

Ambos os fatores causaram a diminuição da classe média nesses países. Na Espanha, o grupo social passou a representar 46% da população em 2010, enquanto em 2007 era de 50%.

Ao mesmo tempo, os salários dos executivos e os lucros das empresas cresceram mesmo com a crise financeira, o que contribuiu para o aumento da desigualdade.

Na Alemanha e em Hong Kong, os salários dos presidentes das grandes empresas aumentaram até 25% de 2007 a 2011, chegando a ser de 150 a 190 vezes superiores ao salário médio do país. Nos Estados Unidos, essa proporção é de 508 vezes.

AMÉRICA LATINA

Diferentemente das economias desenvolvidas, a situação da América Latina foi de melhora no ano passado.

Nesse período, 57,1% da população dos países da região estava empregada, um ponto percentual a mais que em 2007, último levantamento antes da crise financeira internacional. Em alguns países, como Colômbia e Chile, o aumento superou quatro pontos percentuais.

Com o aumento do trabalho assalariado, cresceu também a classe média. Na comparação entre 1999 e 2010, a população dentro desse grupo social cresceu 15,6% no Brasil e 14,6% no Equador.

No entanto, a OIT destaca que a região ainda enfrenta como desafios desigualdade social, maior que a média do mundo, e emprego informal.

Na região, a média do emprego informal não agrícola é de 50% --em países mais pobres, como Bolívia, Peru e Honduras, ela supera os 70%.


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