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Franceses querem 'ação' internacional sobre a Síria
Presidente Hollande deu declaração após surgir evidência de uso de gás
Conferência acertada por EUA e Rússia sobre o conflito foi adiada para o mês que vem por falta de consenso
O presidente francês, François Hollande, disse ontem que as evidências de uso de armas químicas pelo governo da Síria "obrigam a comunidade internacional a agir".
Foi o mais perto que um líder ocidental chegou da defesa de um intervenção militar no país árabe, embora ele não a tenha pedido explicitamente.
Anteontem, o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, disse que amostras retiradas de locais que haviam sofrido possíveis ataques de armas químicas na Síria foram levadas à França e testadas positivamente para sarin.
Hollande declarou, porém, que "há elementos que nos permitem, agora, ter certeza do uso de armas químicas na Síria -- a extensão do uso, ainda não sabemos".
Ele ainda afirmou que as ações de países estrangeiros devem ser feitas "nos limites da lei internacional".
No entanto, a falta de consenso entre EUA e Rússia adiou a conferência para discutir o conflito marcada para este mês em Genebra.
Dentre os motivos que ainda impedem que o encontro aconteça estão o impasse na representação da coalizão opositora e a presença do Irã no evento.
BATALHA
Ontem, o regime de Bashar al-Assad anunciou ter reconquistado a cidade de Quseir, após ela ter sido ocupada por rebeldes. Os combates duraram cerca de duas semanas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que foram milicianos do grupo xiita Hizbullah, aliado do regime, juntamente com as tropas de Assad, que tomaram a cidade.
Quseir tem importância estratégica por estar localizada entre Damasco e redutos alauítas --pró-Assad-- no Mediterrâneo.
