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Obama desafia republicanos com nomeação

Susan Rice, nova conselheira de Segurança Nacional, havia sido barrada para chefe da diplomacia americana

Atual embaixadora na ONU, Rice dará lugar a Samantha Power; ambas são defensoras de intervenções humanitárias

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O presidente americano, Barack Obama, nomeou ontem Susan Rice, 48, até então embaixadora dos EUA na ONU, como sua nova conselheira de Segurança.

Para o lugar de Rice na ONU, indicou a jornalista Samantha Power, 42, que já fazia parte do Conselho de Segurança Nacional.

As duas são consideradas "progressistas" e "intervencionistas" em questões humanitárias pela imprensa americana. Ambas foram favoráveis à participação dos EUA na intervenção na Líbia.

Tanto Rice quanto Power fazem parte do grupo mais próximo de Obama, que assessorava o ainda candidato presidencial em 2007.

Ao anunciar a nomeação de Rice, Obama destacou as vezes que jogou basquetebol com a embaixadora.

As duas nomeações também foram consideradas uma provocação à oposição republicana, que fez uma campanha agressiva no ano passado contra Rice, cotada para ser a nova secretária de Estado americana logo após a reeleição de Obama.

Rice foi especialmente criticada por suas declarações logo após o atentado que matou o embaixador americano na Líbia, Chris Stevens.

Ela alegou que o atentado era uma reação de radicais islâmicos a um vídeo considerado herético, negando a hipótese de terrorismo ou de ligação da Al Qaeda.

Depois de um abaixo-assinado de deputados e senadores republicanos contra ela, Rice saiu da disputa.

O novo cargo é um dos mais importantes do país. Rice substituiu Tom Donilon, que teve atribuições mais importantes que a então secretária de Estado Hillary Clinton na política externa americana do primeiro mandato de Obama.

Donilon cuidava de Oriente Médio, Coreia do Norte e China e foi o principal defensor no governo da saída do Iraque e do Afeganistão, enquanto Hillary nunca conseguiu ingressar no "núcleo duro" da Casa Branca.

Ao "New York Times" o vice-presidente Joe Biden disse que a pessoa mais importante em formular a política externa do país era Donilon.

ONU

Samantha Power, que ainda dependerá de sabatina no Senado para ser confirmada como embaixadora na ONU, também enfrentou problemas por declarações no passado.

Assessora relações internacionais do então candidato Obama, em 2008, ela chamou a então favorita Hillary Clinton de "monstro" e foi obrigada a abandonar a campanha.

Mas foi chamada à Casa Branca como assessora já em 2009. A jornalista Power é nascida na Irlanda e ganhou o prêmio Pulitzer pelo seu livro "A Problem from Hell - America and the Age of Genocide" [Um problema do inferno --América na era do genocídio], em que critica duramente os EUA por omissão em genocídios na Europa e na África.

Ela também escreveu a biografia "O homem que Queria Salvar o Mundo" (Cia. das Letras), sobre o diplomata brasileiro Sergio Vieira de Mello, alto comissário da ONU que foi morto em um atentado no Iraque em 2003.


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