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Conflito da Síria ameaça força de paz da ONU em Golã
Áustria vê insegurança e fala em retirar soldados
A Áustria anunciou que vai retirar seus soldados da força de paz da ONU nas colinas de Golã, território sírio ocupado por Israel desde 1967, devido aos conflitos entre rebeldes e o Exército da Síria.
Ontem, as forças do ditador Bashar al-Assad retomaram dos rebeldes sírios o controle de uma passagem entre Israel e a Síria no Golã. A ação dos insurgentes fez com que os funcionários da ONU na área corressem para abrigos.
"Não existe mais liberdade de circulação na área, e o perigo imediato para os soldados austríacos chegou a um nível intolerável", disse o chanceler da Áustria, Werner Faymann, em comunicado.
Dos cerca de mil membros da força de paz no Golã, 380 são austríacos, e os israelenses avaliam que a saída deles comprometeria a operação.
"Reconhecemos a contribuição da Áustria para a paz, mas lamentamos a decisão e esperamos que não resulte em escalada da violência", disse a Chancelaria de Israel.
O líder da rede terrorista Al Qaeda, Ahman al-Zawahri, exortou os sírios a se unirem contra Assad e impedir o que ele chamou de criação de um "Estado-fantoche" pelos EUA visando a proteção de Israel.
Também ontem, a Rússia, aliada de Assad, anunciou ter deslocado uma unidade naval para o mar Mediterrâneo. O objetivo, disse o presidente Vladimir Putin, é garantir a segurança do país em face do acirramento do conflito.