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Companhias web se veem em dificuldade ao falar de vigilância

ANDREW ROSS SORKIN DO "NEW YORK TIMES"

Na esteira da notícia de que a NSA (Agência de Segurança Nacional) possui um amplo programa de monitoramento de internautas, as maiores empresas de tecnologia do mundo reagiram negando qualquer envolvimento no aparato de espionagem.

No entanto, o presidente Barack Obama e o diretor de inteligência nacional dos EUA, James Clapper, já confirmaram publicamente a existência do sistema Prism, sem dar quaisquer detalhes.

É claro que a notícia e as reações a ela suscitam dúvidas quanto a quem está dizendo a verdade e quão extenso pode ser realmente o programa de espionagem.

Mas, o que talvez seja igualmente importante, o incidente suscita questionamentos sobre como empresas com ações negociadas nas Bolsas de Valores e com centenas de milhões de consumidores podem e devem reagir quando são pressionadas a falar de seu envolvimento em programas governamentais confidenciais.

"Elas estão em posição muito difícil", disse Thomas Sporkin, ex-agente de implementação da SEC (comissão de valores mobiliários norte-americana) e hoje sócio da Buckley Sandler.

"Por um lado, querem projetar a imagem de que protegem a privacidade dos usuários. Por outro, têm a obrigação legal de conservar segredo sobre programas governamentais", sob o risco de serem criminalmente acusadas.

As empresas também podem ter problemas se suas revelações induzirem investidores ao equívoco.

"É provável que [as empresas] não estejam revelando tudo, mas que não estejam mentindo", disse Sporkin, destacando que as declarações dadas foram aprovadas pelas assessorias jurídicas delas.

Segundo um executivo-chefe que falou sob a condição de anonimato, as empresas podiam querer se ater ao "sem comentários", mas sentiram-se pressionadas.

A partir do momento em que uma empresa negou qualquer envolvimento, as outras teriam sentido que deveriam seguir o exemplo.

É possível, por exemplo, que Larry Page, do Google, e Mark Zuckerberg, do Facebook, nunca tenham sido informados que o programa do governo se chamava Prism. E é altamente improvável que o governo tenha uma senha que lhe garanta acesso a servidores de empresas.

Ao mesmo tempo, contudo, está claro que empresas como Facebook e Google trabalharam para criar sistemas para transferir quantidades enormes de dados privados aos quais a NSA e outras agências querem ter acesso.


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