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Empresas querem 'vazar' pedidos dos EUA

Google, Facebook e Microsoft pedem permissão para revelar demandas do governo por dados sigilosos de seus usuários

Companhias cobram transparência das autoridades; ONG de liberdades civis decide processar Casa Branca

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Google, Facebook e Microsoft resolveram ontem pedir permissão ao governo dos EUA para divulgar as demandas feitas pelas autoridades americanas para obter dados de usuários em nome da segurança nacional.

A medida tomada pelas gigantes da web é uma reação ao escândalo provocado pelo vazamento da existência de um programa do governo para monitorar telefones e dados na internet. As revelações foram feitas pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, que divulgou sua identidade ao jornal "Guardian".

O movimento foi iniciado pelo Google. A companhia enviou carta ao secretário de Justiça, Eric Holder, e ao diretor do FBI (polícia federal americana), Robert Mueller.

No documento, o Google solicita publicar, em seu Relatório de Transparência, "números agregados" dos pedidos com base na segurança nacional, inclusive aqueles amparados na Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa, em inglês). A carta não especifica como essa informação seria exposta no relatório.

Logo depois, o Facebook e a Microsoft fizeram pedidos semelhantes. O chefe jurídico do Facebook, Ted Ullyot, instou o governo a deixar que as empresas "incluam informação sobre a dimensão e o alcance" das demandas. Usando termos semelhantes, uma nota da Microsoft diz que a autorização "ajudaria a sociedade a entender e debater esse importante tema".

Outra reação desencadeada ontem partiu da ONG American Civil Liberties Union (ACLU), que entrou com ação judicial contra a Casa Branca, na primeira contestação jurídica de peso desde que o caso estourou.

Para a entidade, o programa de vigilância do governo "viola os direitos constitucionais americanos de liberdade de expressão, associação e privacidade".

Obama também deve ser cobrado pela chanceler Angela Merkel em sua visita à Alemanha na próxima semana --autoridades alemãs demonstraram insatisfação com a espionagem americana.

Também ontem, a Booz Allen Hamilton, empresa onde trabalhava Snowden, anunciou sua demissão, afirmando que ele desrespeitou os padrões éticos da companhia.


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