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Coreia do Norte quer novo diálogo com EUA
País cessa ameaças e pede retomada diplomática, mas nega fazer concessões prévias
O governo norte-coreano pediu ontem para voltar ao diálogo com os Estados Unidos para "baixar as tensões na península coreana e estabelecer paz e segurança em nível regional", mas adiantou que não faria nenhuma concessão prévia antes de um encontro com Washington.
Em comunicado emitido pelo governo, a Coreia do Norte pediu que a Casa Branca fixasse data e local para o encontro, acenando com a possibilidade de negociar um tratado de paz para a Guerra da Coreia, que teve um cessar-fogo decretado em 1953, e discutir o desmantelamento de arsenais nucleares.
O pedido de Pyongyang sinaliza uma mudança na posição do país, que desde dezembro do ano passado, quando lançou um foguete de longo alcance, vinha ameaçando iniciar uma guerra nuclear. Em abril, Pyongyang realizou seu terceiro teste nuclear.
Analistas, no entanto, acreditam que Barack Obama, presidente dos EUA, não deve retomar negociações sem antes uma garantia de Kim Jong-un, o líder da Coreia do Norte, de que desativará armas nucleares do país.
"Somos a favor do diálogo", disse Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, à rede CNN. "[Mas] julgaremos a Coreia do Norte por suas ações, e não por palavras. Esperamos ver passos que demonstrem que eles estão se preparando para assumir compromissos e obrigações."
