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Governo americano pede a Hong Kong extradição de delator

Assessor da Casa Branca confirma processo para levar Edward Snowden de volta ao país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo dos Estados Unidos solicitou às autoridades de Hong Kong a extradição de Edward Snowden, 30, acusado de espionagem, disse ontem o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Tom Donilon, em entrevista à rádio"CBS".

"Achamos que as acusações [contra Snowden] apresentam bom caso sobre o tratado de extradição entre Estados Unidos e Hong Kong", afirmou Donilon. O processo, segundo especialistas, pode se arrastar por meses.

Outro funcionário de alto escalão da Casa Branca, sob condição de anonimato, colocou pressão sobre Hong Kong em entrevista à agência de notícias Reuters: "Se Hong Kong não agir logo, irá complicar nossas relações bilaterais e levantar questões sobre o comprometimento do país em cumprir a lei", declarou.

O governo de Hong Kong, uma região administrativa especial chinesa, ainda não se manifestou publicamente como responderá à solicitação norte-americana.

O paradeiro de Snowden é desconhecido. Ex-prestador de serviços para a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), ele admitiu no início do mês ter divulgado detalhes de programa de vigilância secreto da agência.

Antes de divulgar informações sobre o monitoramento da NSA aos jornais "Guardian" e "Washington Post", Snowden saiu do Havaí e foi para Hong Kong --onde passou as últimas semanas.

Segundo analistas, Snowden tem várias opções para evitar sua extradição, inclusive a possibilidade de pedir asilo em Hong Kong. Durante a semana, um empresário islandês se ofereceu para levá-lo ao país caso o governo lhe concedesse asilo.

ACUSAÇÕES

Em 14 de junho, o governo americano apresentou formalmente três acusações contra Snowden: espionagem, roubo e transferência de informações de propriedade governamental. Cada uma tem pena máxima de dez anos de prisão.

As informações, contudo, só vieram a público durante a semana, quando foram divulgados documentos oficiais de uma corte federal no Estado da Virgínia.

Ontem, o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, pediu que "um país corajoso" ofereça asilo a Snowden. À rede CNN, sugeriu que o delator procure abrigo na América Latina, "com tradição nesse tipo de instrumento".

Assange vive há um ano na embaixada do Equador em Londres, aguardando salvo-conduto para deixar o Reino Unido. No discurso que divulgou, diz que Barack Obama "traiu uma geração" e pondera que o calvário de Snowden está só começando.


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