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EUA pressionam Rússia a extraditar delator sumido

Obama usará 'todas as vias legais' contra Snowden, cujo paradeiro era incerto

Ex-técnico da CIA deveria ter pegado voo Moscou-Havana e seguido a Quito; decisão sobre asilo será 'soberana', diz Equador

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A fuga do ex-técnico da CIA Edward Snowden, responsável por revelar um grande esquema de espionagem do governo americano, assumiu contornos de filme de ação nos dois últimos dias e deixou Washington de mãos atadas ante as manobras e o paradeiro desconhecido do delator.

Ontem, o governo americano disse acreditar que Snowden estivesse na Rússia e pressionou Moscou a entregá-lo.

"Dada a nossa cooperação após os atentados na Maratona de Boston (...), esperamos que o governo russo avalie todas as opções possíveis para mandá-lo de volta aos EUA" disse Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

Mais tarde, o presidente americano, Barack Obama, disse que seu país seguirá "todas as vias legais adequadas" para deter Snowden.

Os EUA também criticaram a China por ter permitido que ele deixasse Hong Kong --a ação teria "impacto negativo" nas relações bilaterais.

Segundo o "New York Times", países da América Latina foram orientados a não o acolher. O governo brasileiro disse não ter recebido nenhum pedido americano.

Snowden deixou Hong Kong com destino à Rússia no domingo, acompanhado por Sarah Harrison, conselheira de Julian Assange, fundador do WikiLeaks.

Segundo seu advogado, Albert Ho, ele saiu da ilha asiática passando pelos mesmos controles de imigração e segurança que todos os passageiros. A Casa Branca condenou a "decisão deliberada de liberar um fugitivo".

Autoridades de Hong Kong disseram que o pedido de prisão dos EUA não cumpria as exigências da lei local. O governo americano também não havia cancelado o passaporte de Snowden até o sábado.

Sua chegada a Moscou foi cercada de mistério. Ele não teria deixado a área de trânsito do aeroporto Sheremetyevo e não há relatos sobre seu desembarque.

O ex-técnico da CIA tampouco embarcou no único voo diário para Havana --para o qual já teria realizado check-in, segundo a companhia russa Aeroflot. Seu assento, o 17-A, ficou vazio.

"Eu mesmo esperava por ele. Mas ele não embarcou", disse Nikolai Sokolov, funcionário da empresa. Uma fonte russa teria revelado à Interfax que o delator deixara a Rússia após passar a noite em um "hotel-cápsula", dentro do aeroporto. "Ele pode ter partido num avião diferente", disse.

O destino final seria o Equador, país ao qual Snowden pediu asilo, segundo Quito. Ontem, o presidente equatoriano, Rafael Correa, disse que a decisão sobre o asilo será tomada com "soberania".


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