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Extradição de delator é descartada por Moscou

Putin diz que Snowden está em área de trânsito de aeroporto e é "livre"

Destino de americano que revelou esquema de espionagem dos EUA é desconhecido; oposição critica ação de Obama

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ontem que Edward Snowden está na área de trânsito do aeroporto Sheremetyevo, em Moscou --um espaço que, para o governo russo, não exige visto de permanência.

O americano que revelou um grande sistema de espionagem dos EUA em telefonia e internet não tem visto para entrar na Rússia e seu passaporte foi revogado pelo governo americano. Ele aguarda o pedido de asilo político, possivelmente no Equador.

"Snowden é um homem livre. Quanto mais rápido ele decidir o seu destino, melhor para nós e para ele", afirmou Putin, na Finlândia, onde se encontra em visita oficial.

Ele deixou claro que não pretende extraditar Snowden para os EUA. "No território da Federação Russa, ele não cometeu nenhum crime", disse. "Só podemos extraditar estrangeiros a países com quem temos acordos relevantes de extradição. Com os EUA, não temos tal acordo."

O ex-funcionário da CIA, que era terceirizado para uma empresa que presta serviço à Agência Nacional de Segurança dos EUA, voou de Hong Kong para a Rússia no domingo. Entre destinos possíveis, falou-se de Islândia e Cuba.

A organização WikiLeaks, que revelou milhares de telegramas diplomáticos americanos, tem prestado apoio jurídico e financeiro a ele.

Washington já manifestou "decepção" e disse que as relações do país com China e Rússia foram "prejudicadas" pela falta de colaboração em extraditar o jovem de 30 anos. Ele é acusado de "espionagem" pelo Departamento de Justiça americano.

Putin não escondeu simpatia pelo americano, assim como pelo fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, que se encontra na Embaixada do Equador em Londres. "Assange e Snowden dizem que estão lutando pelo acesso à informação. Pergunte a si mesmo: você entregaria essas pessoas para serem presas?"

FRAQUEZA

Além da tensão diplomática com China e Rússia, o presidente americano Barack Obama está enfrentando críticas cada vez mais duras da oposição republicana por ser "fraco" na caça a Snowden.

"Por quase cinco anos, mostramos ao mundo que somos impotentes, que não agimos como temos que agir", disse o senador John McCain, derrotado por Obama na eleição de 2008.

O deputado Paul Ryan, candidato derrotado a vice-presidente em 2012, disse que o governo é "incompetente" em lidar com China e Rússia e ainda questionou como um funcionário terceirizado de baixo escalão pôde ter acesso a tanta informação.


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