Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Equador sinaliza 'longo processo' para decidir sobre asilo de delator

Presidente defende 'soberania' para avaliar caso de Edward Snowden, que revelou espionagem

Governo dos EUA ameaça represálias a prováveis destinos, critica China e ameniza a retórica com a Rússia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Equador confirmou ontem que foi procurado pelos Estados Unidos a respeito de Edward Snowden, 30, e sinalizou que pode levar meses para analisar o asilo do especialista em informática.

"O governo dos EUA falou conosco. Pedi que enviassem por escrito", disse o chanceler do país, Ricardo Patiño, na Ásia, durante visita oficial.

Patiño --que anteontem negou conhecer o paradeiro de Snowden-- sugeriu que a decisão pode tardar. "Levamos dois meses para decidir com Assange, não esperem uma resposta rápida", disse.

Há dias supostamente na área de trânsito de um aeroporto em Moscou --sem ter formalmente entrado na Rússia--, Snowden é alvo de assalto diplomático dos EUA.

Perguntado sobre a ajuda da Rússia, o presidente Barack Obama disse que "trabalha com vários países para que a lei seja observada".

Snowden denunciou no início de junho esquemas de monitoramento do governo americano, que alegou defesa da segurança nacional. Desde então, ele se escondeu em Hong Kong e, depois, na Rússia, de onde voaria ao Equador, mas não embarcou.

O Equador abriga há um ano na embaixada em Londres o australiano Julian Assange, que divulgou papéis dos EUA pelo WikiLeaks.

A Venezuela entrou na lista de possíveis destinos de Snowden. "Se nos pedisse [asilo], é quase certo que daríamos", disse o presidente Nicolás Maduro. Já o Equador negou ter fornecido a Snowden uma carta de refugiado --documento que serviria para embarcar sem o passaporte, cancelado pelos EUA.

Segundo Patiño, está em jogo "trair os cidadãos do mundo ou certas elites poderosas". No Equador, porém, não houve manifestações a favor nem contra o informante. Os principais jornais locais deram pouca atenção à saga, e a população parece não saber quem é Edward Snowden.

CHINA E RÚSSIA

EUA e Rússia dizem que o provável destino do fugitivo é Havana, em voo da Aeroflot.

Um representante da companhia russa, porém, disse que não há nos próximos três dias registros no sistema de passagens em nome dele e da advogada Sarah Harrison.

A Casa Branca reforçou "os fortes laços de cooperação com a Rússia", mas não poupou de críticas a China. "Eles falaram em confiança. Para nós, foi um sério revés."

Pela imprensa oficial, Pequim respondeu que os EUA assumiram papel de "manipuladores e bisbilhoteiros".

Especialistas acreditam que Pequim tenha orquestrado a saída de Snowden para remover um fator de atrito nas relações externas.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página