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Análise

Opositores veementes à união gay se arriscam a ficar para trás

LUCIANA COELHO DE SÃO PAULO

Ainda não é o casamento gay, como muitos sonham, mas é o reconhecimento ante a lei americana de que todos os cidadãos do país são iguais, independentemente de sua orientação sexual.

Embora dividida, a Suprema Corte derrubou o trecho da Lei da Defesa do Casamento (Doma, na sigla em inglês) que barrava cônjuges gays de benefícios federais concedidos a casais heterossexuais.

Fez história, é verdade, mas não sozinha. Nem à toa.

Não por acaso, tampouco, Obama é o primeiro presidente dos EUA a abraçar, no cargo, a união entre pessoas do mesmo sexo: de 1996, quando o também democrata Bill Clinton aprovou a Doma, para cá, o apoio a esse direito saltou de 27% para 53%, afere o Gallup.

A questão é partidária, mas sobretudo geracional. Entre quem tem menos de 30 anos, 70% se declaram a favor do casamento gay (ante 41% dos maiores de 65).

Opositores veementes do casamento gay se arriscam a ficar para trás. Ainda que o apoio cresça mais lentamente entre os republicanos (de 16% para 26% em 17 anos), jovens que promovem o descolamento entre conservadorismo econômico e social se veem mal representados.

É preciso notar que a Suprema Corte não chancelou o matrimônio gay. Esse lastro ainda cabe aos Estados --e hoje, 13 dos 50 dizem "sim".

O que fez foi garantir que benefícios federais dados a casais hétero valham também para todos os casais gays e seus filhos: pensões, heranças, benefícios médicos. Nisso, os americanos estão agora mais adiantados que nós.


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