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Tensão entre Venezuela e Paraguai marca reunião

Dilma apoia moção do Mercosul contra EUA

SYLVIA COLOMBO ENVIADA ESPECIAL A MONTEVIDÉU

A cúpula do Mercosul, que ocorre hoje em Montevidéu, será marcada pela tensão envolvendo a transmissão da presidência do bloco à Venezuela antes do retorno paraguaio.

Recentemente, o presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, condicionou o retorno do país ao bloco à decisão de que Caracas não assumisse a presidência rotativa agora. O Paraguai está suspenso do Mercosul desde o impeachment-relâmpago de Fernando Lugo, em junho de 2012.

Brasil, Argentina e Uruguai nem chegaram a considerar a exigência e confirmaram que, obedecendo a ordem alfabética da rotatividade, a Venezuela recebe do Uruguai a liderança hoje, em Montevidéu.

"A presidência pró-tempore do grupo passará amanhã [hoje] à Venezuela. É algo que o Paraguai terá de aceitar", disse o chanceler Antonio Patriota em entrevista ontem.

Cartes não reagiu publicamente à decisão. A resistência paraguaia se deve ao fato de Caracas ter ingressado quando o país já estava suspenso e sem a aprovação por parte do seu Congresso. A proposta de Cartes era de que o bloco esperasse até o próximo mês, quando ocorrerá sua posse, para fazer a passagem da presidência do Mercosul.

A expectativa é que o Paraguai retorne ao bloco assim que Cartes assumir o poder, em 15 de agosto.

Para o alto representante geral do Mercosul, o brasileiro Ivan Ramalho, o fato de o Senado paraguaio não ter aprovado o ingresso da Venezuela "não é impeditivo para seu retorno". "Isso poderá ser um constrangimento para o Paraguai, mas não para os governos do Mercosul", afirmou Ramalho à Folha.

Participam da reunião os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, da Argentina, Cristina Kirchner, do Uruguai, José "Pepe" Mujica, e da Venezuela, Nicolás Maduro. Estará presente ainda Evo Morales, da Bolívia, país em processo de adesão como membro pleno.

Nesta cúpula, Guiana e Suriname ingressarão como estados associados no bloco.

SNOWDEN

Após encontro com os outros chanceleres, Patriota disse que o bloco está discutindo os termos do pedido de asilo do ex-técnico da CIA Edward Snowden. Dilma se manifestou sobre o tema, dizendo que "qualquer país que se considere democrático deve repudiar a espionagem", em alusão aos EUA.

"É uma posição correta do bloco repudiar qualquer ação de espionagem que contrarie os direitos humanos, o direito de privacidade e a soberania dos países. É algo que merece o repúdio de qualquer país que se considere democrático", afirmou, apoiando uma possível moção do bloco contra o governo dos EUA.

Uma reunião bilateral entre Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, acontecerá hoje paralelamente à cúpula, que vai tratar do novo acordo automotivo entre os dois países.


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