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Diretor de Itaipu reconhece admissão de 'filhos de políticos'

Número 1 do lado paraguaio, Boccia diz que indicados 'aprenderam' a trabalhar na usina

ISABEL FLECK DE SÃO PAULO

O diretor-geral paraguaio da usina de Itaipu, Franklin Boccia, reconheceu ontem que grande parte dos funcionários do lado paraguaio da binacional são contratados por indicação política.

Numa coletiva de imprensa, ele defendeu, contudo, que "os filhos de políticos" já aprenderam suas funções e realizam bem seus trabalhos.

"Em Itaipu, mede-se a eficiência dos funcionários e não se leva em conta apenas a presença diária sem que [os funcionários] façam nada. Até aqueles filhos de políticos hoje têm uma função e a cumprem. Aprenderam", disse Boccia, citado pela imprensa paraguaia.

Diante das declarações, a assessoria do lado brasileiro da usina disse à Folha que "o ideal seria que as contratações de pessoal, em ambas as margens, se dessem por meio de processo seletivo".

Apesar de ser binacional, o sistema de recursos humanos das margens esquerda (Brasil) e direita (Paraguai) é separado.

Segundo a assessoria de imprensa, todas as contratações da margem brasileira --à exceção dos cargos de direção-- são hoje feitas por meio de processos seletivos semelhantes a um concurso público. Desde 2005, cerca de 720 funcionários ingressaram do lado brasileiro da usina por esses processos --mais da metade do quadro atual de 1.424.

O orçamento para pagamento de pessoal vem da mesma fonte --a receita da usina-- e é dividido igualmente entre as margens. Diante da quantidade de encargos trabalhistas brasileiros, porém, o quadro paraguaio é maior: 2.036 funcionários.


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