Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Sequestrador faz acordo e deve pegar mil anos de prisão

Ariel Castro, que manteve três mulheres em cativeiro por uma década nos EUA, escapa da pena de morte

Pacto com Justiça dos EUA veta liberdade condicional; vítimas dizem estar "aliviadas" com desfecho do caso

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Ariel Castro, o homem que aprisionou três mulheres por dez anos no porão de sua casa em Cleveland, no Estado americano de Ohio, entrou em acordo com a Justiça ontem para se declarar culpado de 937 acusações. Com isso, ele evita a possibilidade de pena de morte, que vinha sendo discutida em seu caso.

O acordo abre caminho para que Castro seja sentenciado à prisão perpétua e mais mil anos, sem direito à liberdade condicional. A sentença deve ser confirmada pelo juiz na próxima quinta-feira.

Amanda Berry, 27, Gina DeJesus, 23, e Michelle Knight, 32, foram libertadas da casa de Castro em maio, depois que Amanda conseguiu escapar e chamar a polícia. No local, elas eram estupradas e viviam acorrentadas.

Durante o período no cativeiro, Amanda teve uma criança, que exames de DNA depois apontaram ser filha de Castro. Segundo as acusações, Michelle também chegou a engravidar, mas foi espancada até o aborto.

No início do mês passado, Castro havia se declarado inocente das acusações, que abrangem, entre outros, estupro, sequestro e homicídio.

VÍCIO

O comportamento de Castro na audiência de ontem contrastou com o da sessão anterior, quando o ex-motorista de origem porto-riquenha manteve os olhos fechados e pouco falou.

Desta vez, quando o juiz lhe perguntou se ele se comunicava em inglês com fluência para entender os termos do acordo, respondeu que lê e escreve bem.

"Mas o meu vício por pornografia e meu problema sexual comprometem profundamente minha compreensão", completou.

Falante, ele também tentou citar que foi "uma vítima na infância", sendo, entretanto, interrompido pelo magistrado, que informou que os pronunciamentos deveriam ser reservados para a sessão em que será dada a sentença do caso.

Como parte do acordo, a casa de Castro, onde as mulheres foram confinadas, será demolida, segundo o juiz.

O advogado que representa as vítimas divulgou um comunicado afirmando que as três ficaram "aliviadas" com o acordo. O resultado de ontem encerra o caso e as poupa de ter de testemunhar no julgamento.

Há poucas semanas, Amanda, Gina e Michelle divulgaram vídeo em que agradecem o apoio que têm recebido e pedem privacidade.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página