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Israel aprova libertação de palestinos

Governo de Netanyahu soltará 104 prisioneiros como gesto de boa vontade para reinício de negociações de paz

Lista inclui detidos há mais de 20 anos; outra medida prevê referendo em Israel em caso de um acordo de paz

DE JERUSALÉM

O governo de Israel aprovou ontem a libertação de 104 prisioneiros palestinos, num gesto de boa vontade na véspera do reinício das negociações de paz nos EUA.

Os palestinos estavam detidos desde antes da implementação dos Acordos de Oslo, de 1993.

A medida foi votada pelo gabinete do premiê Binyamin Netanyahu e venceu por 13 votos positivos, sete negativos e duas abstenções.

É esperado que Tzipi Livni (ministra da Justiça de Israel) e Saeb Erekat (negociador-chefe palestino) se reúnam hoje à noite em Washington.

Em meio a ceticismo, as conversas serão retomadas após três anos.

Estima-se que haja mais de 4.700 palestinos nas prisões de Israel, ao menos 169 deles em regime de detenção administrativa --o que significa que podem ser mantidos presos sem acusação formal por período indeterminado.

Foi apresentado também ontem ao gabinete um rascunho de lei a ser votado pelo Parlamento na quarta-feira, estabelecendo que qualquer acordo de paz terá de ser aprovado por referendo.

FRONTEIRAS

Haverá, além dos prisioneiros, outros temas controversos caso as negociações sejam levadas adiante, principalmente a questão das fronteiras de um futuro Estado palestino. Israel reluta em reconhecer o território anterior à Guerra dos Seis Dias, de 1967, demanda da Autoridade Palestina.

A libertação dos prisioneiros será realizada em quatro etapas, a começar pelas próximas semanas. A última parte do plano ocorrerá após nove meses, data prevista para a conclusão da tentativa de negociação de paz.

A lista de 104 detentos palestinos inclui nomes de forte apelo junto ao público, como Muhammad Tus, responsável pelo assassinato de cinco israelenses.

Haverá um período para que familiares de vítimas apelem ao governo israelense contra a soltura.

"Nós nos perguntamos se os israelenses não vão hesitar após o protesto das famílias das vítimas", disse à Folha um funcionário do Ministério de Prisioneiros da Autoridade Nacional Palestina, que não quis dar o nome.

Para ele, "a decisão israelense, caso seja implementada, enviará mensagem positiva de que as negociações podem ter resultados".

Ao contrário, diz, dos mais de mil prisioneiros libertados em 2011 após um acordo entre a facção militante palestina Hamas e o governo israelense, em troca do soldado sequestrado Gilad Shalit.

"Agora, os prisioneiros não serão soltos devido à chantagem de um sequestro, mas a um acordo entre duas partes."


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