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Fiscal omite diálogo antes de acidente de trem

Inspetor de bilhetes teria escondido o fato à Justiça espanhola para proteger maquinista

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Francisco Garzón Amo, maquinista do trem que descarrilou no dia 24 de julho em Santiago de Compostela, na Espanha, conversava no telefone com o fiscal de bilhetes da composição pouco antes do acidente, que deixou 79 mortos e 130 feridos.

A transcrição da conversa de Garzón dava a entender que o maquinista falava com um controlador da companhia ferroviária, pois ele recebia indicações do percurso. No entanto, o maquinista afirmou ontem que conversava com o fiscal, que estava em um dos vagões do trem.

Garzón é acusado de homicídio culposo por negligência, e foi liberado no último domingo após prestar depoimento. Na gravação da caixa-preta do acidente, ele aparece conversando com outra pessoa pouco antes do descarrilamento.

Em entrevista ao "El País", Antonio Martín Marugán reconheceu que telefonou ao maquinista para pedir que entrasse em uma via mais próxima à plataforma na estação de Pontedeume, a 81 km de Santiago de Compostela, para ajudar uma família de passageiros com crianças.

Marugán viajava na segunda fileira do vagão 3. No primeiro depoimento, o fiscal não comentou sobre o telefonema. Segundo fontes da investigação, ele omitiu o dado para tentar proteger o maquinista, que seria seu amigo.

Segundo as regras da estatal que controla a linha férrea, o contato entre fiscal e maquinista só deve ser feito em caso de emergência, e é desaconselhado em pontos críticos do trajeto.

Os dados da caixa-preta apontam que instantes antes do acidente o trem circulava a 192 km/h. O limite no local é de 80 km/h.


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