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Egito dá ultimato a manifestações pró-Mursi

Premiê chama protestos islamitas de 'ameaças' e sinaliza reação violenta do Exército

Irmandade Muçulmana não reconhece governo interino, cuja formação pode manter ajuda bilionária dos EUA

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

O governo interino do Egito determinou que as manifestações contínuas de islamitas são uma "ameaça à segurança nacional" e, como tal, devem ser interrompidas.

Em um comunicado transmitido pela televisão estatal egípcia, o gabinete liderado pelo presidente de transição, Adly Mansur, disse ter "tomado todas as medidas necessárias para confrontar esse risco e pôr um fim a ele".

Ficará a cargo da polícia dissolver os protestos por meios "dentro da lei e da Constituição", de acordo com o Ministério da Informação.

A medida deve agravar a crise social no Egito, onde simpatizantes da Irmandade Muçulmana realizam manifestações pacíficas desde a deposição de Mohammed Mursi, em 3 de julho. Há protestos da oposição, também, com embates entre ambos.

Primeiro presidente democraticamente eleito no país, o islamita está detido desde o golpe. Ele é acusado de crimes como homicídio e aliança ilegal com a facção militante palestina Hamas para escapar de uma prisão, em 2011.

Outros líderes da Irmandade Muçulmana estão presos, acusados de incitar a violência contra opositores.

No sábado passado, a repressão das forças de segurança deixou ao menos 72 mortos em local próximo à mesquita Rabia al-Adawiya, principal ponto de aglomeração dos islamitas. Eles também se reúnem no entorno da Universidade do Cairo.

A estimativa de mortos desde a deposição de Mursi supera 300 pessoas. Indagado sobre a possibilidade de novo episódio de violenta repressão, o porta-voz islamita Gehad el-Haddad disse que o Exército "já tentou isso antes".


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