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Uruguai nega proposta de referendo da maconha

Ministro da Casa Civil diz que Mujica não promoverá consulta sobre tema

Secretário diz que, se lei passar no Senado, preço da droga legalizada no país será de US$ 2,50 (R$ 5,75) o grama

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

O chefe da Casa Civil do Uruguai, Diego Cánepa, desmentiu ontem que o presidente José Mujica vá propor um referendo sobre a legalização da maconha no país.

Para Cánepa, o líder uruguaio quer apenas estimular o debate. "O presidente entende que é necessário transmitir à opinião pública os argumentos que levaram a essa decisão [da legalização da maconha]", disse.

Ontem, o jornal uruguaio "La República" publicou algumas declarações de Mujica sobre um possível referendo. Ele disse que a oposição deverá lançar a ideia de um plebiscito sobre o tema e que, "se eles não o fizerem, estou pensando em promover isso, para que o povo uruguaio se inteire de tudo", afirmou.

A lei está pendente de ser aprovada no Senado, mas já se sabe o preço com que a droga será vendida nas farmácias, se promulgada: US$ 2,50 (R$ 5,75) o grama. A informação foi dada pelo secretário-geral da Junta Nacional de Drogas do país, Julio Calzada, à agência de notícias Télam. O valor, disse, estaria de acordo com o praticado no mercado negro local.

O projeto aprovado pela Câmara de Deputados do Uruguai na semana passada autoriza a compra de até 40 gramas por mês da droga, para pessoas com mais de 18 anos, em farmácias que terão uma licença especial.

Segundo Calzada, um cadastro para usuários --residentes no Uruguai, sem levar em conta nacionalidade-- evitará "turismo" da droga.

Os preços de venda da droga no mercado ilegal em Montevidéu e Buenos Aires estão abaixo do estipulado pelo governo. "A maconha prensada paraguaia, que é de má qualidade, sai por uns US$ 2 [R$ 4,60]", diz Martín Collazo, da organização Uruguai pela Regulamentação Responsável. Em São Paulo, o grama gira entre R$ 2 e R$ 3.

Para ele, a definição do valor oficial será importante. "Se o objetivo é que as pessoas não recorram ao tráfico, o preço não poderá ser nem muito acima nem muito abaixo do mercado negro."


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